Polícia

Delegada-geral da PC analtece ação de prevenção e combate à violência contra mulher

Joilson César // BNews
Ação de prevenção e combate à violência contra mulher, Dia D'Elas acontece em Salvador e no interior do estado  |   Bnews - Divulgação Joilson César // BNews
Pedro Moraes

por Pedro Moraes

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Publicado em 23/11/2022, às 14h23


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A Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (23) para falar das ações realizadas nas Delegacias e Núcleos Especiais de Atendimento à Mulher (Deams e Neams) do interior do estado, neste que é o Dia D'Elas.

As ações são parte da programação nacional de 21 dias de ativismo em prevenção e combate à violência contra a mulher. Segundo Heloísa, a ação é nacional e tem grande importância: "essa é uma ação nacional. É uma data determinada pela ONU e o Brasil aderiu. Escolhemos a data de hoje pra fazer a mobilização. Fazemos em todas as nossas unidades no interior e nas DEAMs palestras, seminários, discussões acerca disso, para trazer a proximidade dos órgãos policiais com as vítimas, oferecendo outros serviços".

Segundo a delegada-geral, a ideia é levar à "população no geral a necessidade de denunciar, de entender que a violência contra a mulher não pode existir".

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Heloísa Campos de Brito destacou que, apesar de tantas campanhas, os casos de agressão à mulher não estão diminuindo: "infelizmente os anos passam, as medidas legais são adotadas, mas não observamos a diminuição desse tipo de comportamento. Somente esse ano já fizemos mais de 4.800 inquéritos policiais acerca dessa temática, mais de 3.500 medidas protetivas solicitadas, mais de 138 prisões realizadas. São números expressivos".

A delegada destacou a importância de se trabalhar de forma conjunta para preveni e combater esse tipo de crime. "Não só a vítima precisa se sentir segura para procurar nossas unidades, mas também o agressor tem que ser chamado à relfexão para entender a necessidade da importância desse comportamento dele. O núcleo familiar, os filhos que muitas vezes acabam presenciando a violência, precisam saber que isso não é normal. É preciso o acolhimento dessa família", ponderou.

"O trabalho de luta contra a violência á mulher é um trabalho em rede, não é só das forças policiais. Nós fazemos uma parte, mas é preciso apoio do poder público para as vítimas terem apoio psicossocial, a possibilidade dessas vítimas saírem da residência e se sentirem fortalecidads no processo", completou.

A delegada-geral da Polícia Civil disse que denúncias podem ser feitas através da ouvidoria, do disque-denúncia ou nas unidades policiais, e explicou que a violência contra a mulher vai além da agressão física: "a violência não é só física, ela pode ser moral, sexual, patrimonial. São outros tipos de violência que normalmente as pessoas não percebem e não se dão conta. Estamos também divulgando isso para as mulheres saberem se estão sendo agredidas".

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