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Toques e perguntas sobre amantes e prática de sexo anal: veja relatos de vítimas estupradas por ginecologista

Divulgação/Polícia Civil
Nos depoimentos vítimas revelam falas do médico durante as consultas  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Civil
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 14/06/2023, às 20h21


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Condenado a mais de 277 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra 21 mulheres, o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais praticava uma série de abusos dentro do consultório.

As vítimas contaram à polícia que durante as consultas foram perguntadas sobre traições e receberam muitos toques e elogios. Os estupros ocorreram em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Na sentença, a juíza Lígia Nunes de Paula descreve os relatos das vítimas.

Os nomes das vítimas não foram divulgados devido ao sigilo do processo, mas a sentença traz os relatos dos abusos sofridos por elas. Uma das vítimas contou que foi avisada pela recepcionista da unidade onde Nicodemos trabalhava sobre as brincadeiras desagradáveis com as pacientes. Entretanto, diz que se surpreendeu com as perguntas feitas pelo médico quando entrou no consultório.

“Ele perguntou se eu tinha um amante, se eu tinha coragem de ter, se eu me tocava, se eu conhecia o meu corpo, se eu já fiz sexo anal, como é que era o tamanho do pênis do meu esposo", conta.

Outra vítima também relatou perguntas parecidas sobre possíveis traições. “A vítima acreditou no acusado sobre uma suposta traição do marido”, explica a sentença. Após uma discussão com o marido, o casal voltou ao médico para outra consulta, porém o homem foi impedido de entrar devido a pandemia da Covid-19.

O advogado Carlos Eduardo Gonçalves Martins, que defende o médico, afirmou que vai recorrer da condenação e informou que o condenado está preso.

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