Uma escola estadual de São Paulo registrou um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (3) para reportar ameaças de um massacre que teriam sido feitas por um aluno de 17 anos. A Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo, na Vila Sônia, está localizada na mesma região do colégio onde um aluno de 13 anos matou uma professora, na semana passada.
De acordo com o portal Metrópoles, pouco antes de a diretora registrar a denúncia, no 34º Distrito Policial, que fica a 200 metros da instituição, os pais do aluno foram até a delegacia fazer um boletim de ocorrência de injúria contra a direção da escola.
Os responsáveis afirmam que foram chamados pela direção na última quinta-feira (30) para serem avisados de que o filho teria mandado mensagens a outros colegas com as ameaças. Os pais, no entanto, dizem não acreditar nas acusações e afirmam que o filho não é autor das mensagens. Além disso, afirmam que as ameaças seriam fruto de uma clonagem do celular do garoto.
Os responsáveis alegam ainda que a acusação da escola de que o filho estaria planejando um ataque fez com ele que fosse hostilizado por outros colegas.
Por conta do clima de tensão, a escola novamente ligou para os pais do adolescente, nesta segunda (3), pedindo para que eles buscassem o filho. Uma discussão se formou, precisando ser chamada a polícia.
Em depoimento à polícia, eles disseram que o filho é "tímido e retraído", que se transferiu recentemente para a unidade e que a direção da escola não teria fornecido mais informações sobre as supostas ameaças.
Cerca de uma hora depois, a diretora da unidade também foi até a delegacia e registrou outro boletim de ocorrência.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informou que a equipe gestora da escola acionou os responsáveis assim que ficou ciente da ameaça e que "todas as providências foram tomadas para tranquilizar a comunidade escolar e garantir a segurança".
A pasta disse ainda que o caso será registrado na Plataforma Conviva e que a direção da unidade se reunirá novamente com os responsáveis "para que sejam aplicadas as medidas restaurativas, que preservem o direito à educação".
Ao Metrópoles, os pais do menino afirmaram que não pretendem levá-lo à escola nos próximos dias e que pediu para que a unidade escolar enviasse os materiais para ele fazer as atividades de casa.