Polícia

Falso médico responderá em liberdade após audiência de custódia

Reprodução | Record TV
Justiça determinou o pagamento de dois salários mínimos e decidiu que Fábio Dias responderá pelos crimes em liberdade  |   Bnews - Divulgação Reprodução | Record TV

Publicado em 10/02/2022, às 19h13   Letícia Rastelly


FacebookTwitterWhatsApp

A Justiça decidiu que Fábio Dias, homem que se passou por um médico cirurgião e deu esperanças a família do policial Yago da França Souza Avelar, responderá em liberdade pelos crimes pelo qual foi acusado: falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. A medida, que foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (10), também determinou o pagamento de dois salários mínimos, que Fábio já efetuou.
De acordo com os advogados de Fábio, que deram entrevista ao programa Cidade Alerta, o acusado nunca se passou por médico, apesar de ter enviado áudios com parecer clínico, ter um carimbo e estar com jaleco e estetoscópio quando foi preso. Os defensores alegam que Fábio, por ser amigo de Yago, foi chamado pela própria família para avaliar a saúde do policial. 
Ainda segundo os advogados, Fábio cursou até o 5º ano de medicina na Argentina e, “por causa da pandemia e pela alta do dólar” não fez os dois anos de residência necessária para que ele pudesse exercer a profissão. Sobre os sobrenomes diferentes nos documentos, o que teria motivado a polícia a acreditar que um deles seria falso, a defesa alega que ele trocou de sobrenome ao se casar.
Entenda o caso
Yago da França Souza Avelar, estava no veículo que capotou na BA- 223, próximo a Itaberaba, e deixou outros dois policias civis mortos: Kleber Correia Cardoso, 42, e Matheus Guedes Malta Argolo, 31. Segundo informações de familiares, o falso médico estava informando a família que o policial estava respondendo aos estímulos: apertando a mão e os olhos, mesmo após uma equipe médica constatar a morte cerebral. Yago segue internado no Hospital Geral do Estado.
De acordo com a Polícia, o falso médico se contradisse no depoimento, em relação a primeira abordagem. “As informações que ele trazia conflitavam com as oficiais. Policiais civis o abordaram e pediram a identificação médica. Ele disse, em um primeiro momento, que era formado em Stanford nos Estados Unidos. Já na delegacia, ele disse q tinha curso de medicina na Argentina, mas no interrogatório, ele voltou a se contradizer e revelou que não chegou a se formar”, disse o delegado Maurício Moradillo, titular da 1ª Delegacia Territorial (DT/Barros), responsável pelo caso.

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags