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Família de ex-vereador morto a tiros diz que sofreu ameaças do tráfico: 'Falavam que iam arrancar a cabeça dele'

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Ex-vereador Zico Bacana teria sido alvo de traficantes do Rio de Janeiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais

Publicado em 08/08/2023, às 19h36   Cadastrado por Victória Valentina


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A família do ex-vereador Zico Bacana, morto a tiros nesta segunda-feira (7), na zona norte do Rio de Janeiro, afirmou que o político foi alvo de ameaças do tráfico nos últimos meses. Eles acreditam ainda que ele foi morto por traficantes. Além de Zico, foram mortos Jorge Barbosa Tavares, irmão de Zico Bacana, e Marlon Correia dos Santos.

"Eles foram mortos ontem covardemente, na padaria que fica onde eles foram nascidos e criados. Ele se recusava a sair do bairro e afirmava: 'se eu sair daqui, todo mundo vai precisar sair. Todo mundo! Porque os bandidosquerem tomar conta daqui. Enquanto eu estiver vivo, vou lutar'", declarou Joyce Tavares, sobrinha do político, ao jornal Extra.

Também ao Extra, um amigo da família, que não quis se identificar, afirmou que traficantes colocaram barricadas próximas à casa de Zico nos últimos meses, o que seria uma forma de deixar as pessoas da residência acuadas. Outro parente relatou que ameaças incluíam detalhes de como a cabeça dele seria arrancada. 

Zico Bacana foi baleado na cabeça, no bairro de Guadalupe, na zona norte do Rio. O crime aconteceu na tarde de segunda, e ele já teria dado entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzerem óbito, segundo a própria unidade de saúde.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) segue investigando o caso, que ainda fez mais duas vítimas:  Jorge Barbosa Tavares, irmão de Zico Bacana, e Marlon Correia dos Santos. A perícia foi feita no local, segundo a Polícia Civil, e diligências estão em andamento para apurar autoria e motivação do crime.

Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, um veículo parou em um estabelecimento comercial e disparou contra o grupo de homens que estava em uma loja.

O ex-vereador prestou depoimento como testemunha no caso Marielle Franco, em 2018, durante as investigações da presença de milicianos. Ele, entretanto, sempre negou qualquer relação com o crime.

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