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Flagra: religioso é acusado de embolsar dinheiro de médico cubano; confira áudio

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Vítima revelou que o bispo acusado de embolsar dinheiro de médico cubano era conhecido como “padreco”  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay

Publicado em 13/05/2023, às 09h53   Cadastrado por Lorena Abreu


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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o bispo da Igreja Católica Apostólica da Redenção, Valdiley Abadia da Silva, após uma mulher registrar ocorrência acusando o religioso de aplicar um golpe e ter embolsado R$ 10 mil. De acordo com a denúncia, a vítima teria pedido ajuda para conseguir o Revalida para o marido, um médico cubano que havia trabalhado no programa Mais Médicos.

Desde dezembro de 2021, a questão se arrasta, quando a esposa do médico, amiga há bastante tempo do bispo, o perguntou se conhecia alguém que pudesse orientar sobre o processo necessário para validar o diploma de medicina conseguido fora do Brasil. “Naquele momento, não houve resposta do Valdiley. Já em setembro do ano seguinte, ele me procurou perguntando se eu teria sido a pessoa a pedir auxílio sobre o Revalida. Eu disse que sim e ele respondeu que teria como ajudar”, contou a mulher, sem se identificar.

Em fevereiro deste ano, o bispo fez contato com a companheira do médico afirmando que conhecia “gente grande” dentro do Revalida e conseguiria ajudar no processo. O religioso pediu cópia de todos os documentos do médico cubano, além de fotos. “Dali para frente foram dezenas de ligações e trocas de mensagens e áudios pelo WhatsApp, sempre com o Valdiley me garantindo que tudo daria certo”, contou, segundo informações da coluna Na Mira, do portal Metrópoles.

No mês seguinte, a mulher do médico contou ter sido convencida a pagar pelos serviços do religioso e de um suposto “contato” dentro do Revalida. Quando a vítima percebeu que o processo não andava, passou a cobrar o religioso para que devolvesse o dinheiro. No entanto, o bispo passou a apresentar uma série de desculpas para protelar a devolução. 

A vítima revelou que o bispo era conhecido na cidade goiana de Nerópolis, como “padreco” e havia participado como cabo eleitoral de um candidato a a prefeito do município. “Ainda tem um outra pessoa nesse golpe, para onde o dinheiro foi enviado. Essa pessoa aparece em vários áudios para simular que estaria resolvendo o Revalida”, explicou a vítima.

Vale ressaltar que a Igreja Católica Apostólica Romana não reconhece a autoridade do bispo Valdiley e nem mesmo a Igreja Católica Apostólica da Redenção.

A coluna procurou o bispo para comentar sobre as denúncias apuradas pela Polícia Civil do DF envolvendo o suposto golpe de R$ 10 mil. No entanto, o religioso não respondeu às mensagens e não atendeu às ligações. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.

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