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Frei abusava de jovem em troca de presentes após criar projeto social, diz polícia

Polícia Civil de MG/Divulgação
O estímulo da conquista da confiança do jovem aconteceu por entrega de presentes dados pelo frei  |   Bnews - Divulgação Polícia Civil de MG/Divulgação
Cadastrado por Pedro Moraes

por Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 09/05/2023, às 08h42


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Um frei, de 54 anos, e vasta experiência no universo religioso, é suspeito de abusar sexualmente de um jovem, de 17 anos. A vítima fazia parte do seu projeto social para crianças e adolescentes em situação vulnerável. Com a suspeita, ele foi detido em uma operação da Polícia Civil contra pedofilia, de acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles.

Membro da Igreja Católica, Elvécio de Jesus Carrara tinha por costume entregar presentes e até dinheiro em espécie para ganhar a confiança da vítima, de acordo com a investigação. O abrigo do jovem era em São João del-Rei, no estado de Minas Gerais, onde está ativo um dos núcleos da instituição não governamental fundada pelo religioso.

Ainda conforme a publicação, por causa da relação de “proximidade”, a vítima teria levantado suspeita contra Carrara, de acordo com o delegado Evandro Radaelli, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável por conduzir a investigação em Belo Horizonte.

Nesse sentido, o comportamento suspeito do frei foi denunciado por um integrante da própria Igreja no fim de março. Depois de levantar informações, os policiais civis deflagaram a operação “Falso Profeta” no dia 3 de maio de 2023. As equipes então foram a cinco endereços ligados ao religioso em Minas Gerais, São Paulo e em Goiás, para cumprir mandados de busca e apreensão. 

Presente na capital paulista, Carrara foi detido em flagrante por possuir imagens de cunho pornográfico da vítima no celular. Ele não rebateu as acusações de pedofilia e ficou em silêncio na delegacia. Em seguida, o flagrante foi convertido em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e o crime tem pena prevista de até oito anos de prisão.

Celulares e computadores do religioso também foram apreendidos pelos policiais, e passarão por perícia. Em virtude da abertura do inquérito, Carrara pode responder por outros crimes, bem como pela produção e armazenamento de pornografia envolvendo adolescente.

Classificação Indicativa: Livre

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