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Golpista apelidado de 'Patrão do Crime' embolsou R$300 milhões; saiba quem é

Divulgação/Polícia Civil Distrito Federal
Chefe da organização criminosa seria dono de pelo menos oito imóveis em Brasília  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Civil Distrito Federal
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 18/08/2023, às 06h38


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Conhecido como “prefeito” na cidade paraense de Marabá, o empresário Eliaquens de Sousa dos Santos, de 38 anos, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã da quinta-feira (17), é acusado de ser o maior fraudador de bancos nos estados do Pará, Goiás e Distrito Federal. Os prejuízos deixados pela quadrilha comandada por Eliaquens, mais conhecido como “Patrãozinho” ou “PTZ”, chegaram a R$ 300 milhões nos últimos 10 anos. As informações são do Metrópoles.

Segundo a reportagem, o esquema rendia muito lucro ao suspeito. Apenas no DF, ele seria dono de, pelo menos, oito imóveis em vários pontos da capital, além de veículos de luxo, sempre em nome de laranjas. Nenhum patrimônio é registrado em nome da Eliaquens.

O “Patrãozinho” também tinha predileção por determinados negócios, quando o assunto era lavar o dinheiro amealhado com os golpes. Geralmente, os montantes desviados das instituições bancárias costumavam ser despejados em empresas de revenda de gás, lojas multimarcas de veículos e em lava jatos.

Eliaquens de Sousa
Arquivo pessoal

Ainda de acordo com o Metrópoles, a organização criminosa tinha o costume de dividir o dinheiro dos golpes da seguinte forma: 50% era rateado entre os integrantes do bando e a outra metade recheava os bolsos do programador contratado para fazer a invasão hacker.

Segundo as investigações policiais, a quadrilha era especializada em crimes de estelionato relacionados a fraudes bancárias, principalmente por meio da invasão de contas, com uso de links falsos ou induzindo à instalação de programas para subtração de valores de pessoas físicas e jurídicas, além de prefeituras.

Batizada como Big Boss, a operação teve apoio das polícias civis de Goiás, do Espírito Santo, do Pará, bem como do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (NCyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Os investigados vão responder pela prática de organização criminosa, crime de lavagem de dinheiro, e podem ser condeados a penas superiores a 15 anos de prisão. Eles também tiveram bens apreendidos pela Justiça.

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