Prisão de homem em Lauro pode acabar com planos de sequestradores e ajudar a desvendar desaparecimentos

Os membros da quadrilha criminosa responsável pelos sequestros de dois trabalhadores da construção civil, um mestre de obras e um colocador de revestimentos, no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), moravam na mesma localidade em que as vítimas, no Portão. Os homens foram levados para um cativeiro na cidade de Dias D'Ávila onde foram torturados com pauladas e coronhadas. Eles estão desaparecidos desde o mês passado. 

Nesta quarta-feira (9), um homem foi localizado e preso pela polícia suspeito de participar dos crimes. Agora, as autoridades policiais buscam pelo restante do grupo criminoso e pelas vítimas, que estão desaparecidas, mesmo depois das famílias pagarem os resgates. Os valores pagos não foram divulgados pela Polícia Civil, assim como os nomes do suspeito e das vítimas.

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Violência e sequestros

O delegado Adailton Adam, da Coordenação de Repressão à Extorsão Mediante Sequestro do Draco, afirmou, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9), que o cativeiro encontrado pela polícia fica em uma área não residencial de Dias D’Ávila, e que nenhum dos pertences dos trabalhadores foram encontrados no espaço. O homem preso seria o responsável pela parte operacional da quadrilha. Foi ele, por exemplo, que manteve contato com os familiares das vítimas.

O primeiro trabalhador foi sequestrado no dia 11 de outubro, no bairro de Vida Nova. Já o segundo, no dia 28, no Caji, ambos em Lauro de Freitas. Não há informações se as duas vítimas se conheciam ou tinham qualquer tipo de relação. A investigação não descarta a hipótese de encontrá-los com vida, mesmo sabendo que os criminosos utilizavam extrema violência contra suas vítimas. 

“Chegamos a identificá-las (outras pessoas envolvidas) e estamos agora partindo para o cumprimento de mais um mandado de busca, de prisão temporária para conseguirmos elucidar todos os casos. São pessoas envolvidas com tráfico de drogas na região, andam armadas e são bastante violentas”, comentou o delegado.