Homem que jogava bola é morto a tiros durante briga entre facções de Salvador

Um homem morreu na noite de terça-feira (27) durante uma troca de tiros entre facções rivais em Fazenda Coutos, Subúrbio de Salvador. O tiroteio teve início à noite e continuou durante toda a madrugada numa possível disputa por pontos de drogas. Moradores afirmaram à polícia que a vítima, identificada como Gabriel Edivan Franca, de 25 anos, estava jogando uma partida de futebol quando foi atingida por uma bala perdida.

Segundo informações da Polícia Civil, Gabriel foi socorrido e levado até o Hospital do Subúrbio, onde chegou sem vida. O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). “As guias de remoção [do corpo] e perícia foram expedidas e oitivas serão realizadas”, disse o órgão em nota.

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A Polícia Militar informou que policiais de três companhias da área foram acionadas após denúncia de troca de tiros com uma pessoa baleada, em uma localidade conhecida como Campo do Amaral. Ao chegar no local, os militares realizaram abordagens, mas não conseguiram identificar os autores dos disparos. Gabriel já havia sido socorrido por populares. A PM disse ainda que, até o momento, ninguém foi preso e que a segurança foi reforçada nas imediações do local do crime.

De acordo com informações da TV Bahia, Gabriel trabalhava com informática, era filho caçula de três irmãos e namorava uma vizinha há seis anos. O casal tinha planos de subir ao altar.

Mortes e guerra

No início deste mês, uma idosa de 70 anos morreu após ter sido alvejada nas proximidades de onde o homem que jogava futebol foi atingido. Maria Carvalho Lima ficou internada durante 45 dias no Hospital do Subúrbio depois de ter sido ferida nas nádegas por uma bala de fuzil, que destruiu o intestino delgado dela.

Em janeiro deste ano, um outro morador do bairro foi baleado e morto. Luís Cláudio Amorim Lima, de 51 anos, também teria sido vítima de uma suposta briga entre traficantes rivais. Assim como Gabriel e Maria, ele foi levado até o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelos projéteis de arma de fogo.

Um mês depois da morte de Luís, o tenente-coronel Maciel, da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), afirmou, em entrevista à imprensa, que os tiroteios no bairro preocupavam e que eles estavam relacionados a disputa por territórios. A situação teria ficado mais complicada após o grupo que domina o tráfico de drogas na área enfraquecer com a morte de um dos seus líderes em confronto com a polícia.