Homem que morreu após transplante capilar teve intoxicação anestésica; médico não tinha especializações

Cerca de cinco meses depois da morte do comerciante Cláudio Marcelo de Almeida, de 50 anos, após um transplante capilar realizado em Feira de Santana, o laudo pericial da Polícia Civil indicou que a vítima teve uma intoxicação anestésica.

O caso aconteceu em março deste ano. Cláudio chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu após uma parada cardiorrespiratória.

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Segundo a PC, o médico que fez o transplante capilar no homem que morreu não tinha as especializações clínicas que alegava ter. O inquérito concluiu também que o profissional não tinha algumas certificações, mas os detalhes sobre esses documentos não foram informados. O nome do médico ainda não foi divulgado pela Polícia Civil.

O crime é investigado pela delegada Ludmilla Vilas Boas, que informou que todo o material será encaminhado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que decidirá se denunciará o médico.

"Nós ouvimos cerca de 20 pessoas. Analisamos prontuários médicos e informações de órgãos regulamentadores. Agora vamos reunir toda essa documentação e analisá-la, para produzir um relatório final de investigação, que será encaminhando ao Ministério Público, afirmou ao G1.

"Ficando provado que houve negligência, imperícia ou imprudência por parte do médico, ele poderá ser indiciado pelo crime de homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar", detalhou Ludmilla.

Uma especialista ouvida pela TV Subaé, afiliada da TV Bahia, explicou que a intoxicação pode ser causada por alta dose de anestésico, e que a presença de um anestesista é indispensável para o procedimento.