Irmão de petista assassinado discorda de inquérito policial do Paraná

O irmão do tesoureiro assassinado por um apoiador de Bolsonaro, Luiz Donizete Arruda, descorda da conclusão do inquérito policial do Paraná divulgado nessa sexta-feira (15). Para ele o policial federal, Jorge Guaranho teve motivação política para o crime, mas foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.

“Foi um crime político porque ele [Jorge Guaranho] viu uma decoração que era de esquerda, que tinha a imagem do ex-presidente [Lula], e que caracterizava uma simpatia do PT do meu irmão, e que era um adversário, enquanto eram pessoas de bem”, defendeu.

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De acordo com o G1, Luiz Donizete também questionou a versão da defesa do assassino de que houve um conflito durante a ronda realizada pelo policial que resultou no crime e morte de Marcelo Arruda. "Se o cara vai fazer uma ronda no local, chega lá e está tudo tranquilo, são pessoas de bem, as pessoas não estão vandalizando, não tem briga, não tem discussão, o que um cidadão normal faz? Manobra seu veículo e vai pra casa [...] Mas como era uma decoração adversa ao viés politico dele, ele resolveu tirar satisfação com os convidados, inclusive com meu irmão".

Diante da morte do irmão e do acirramento político que a proximidade das eleições traz, Donizete esperar que os dois líderes políticos, Lula e Bolsonaro, acalmem os corregionários. “Eu gostaria que os dois principais líderes hoje do nosso momento eleitoral fizessem um aceno de paz e mandassem uma mensagem para todos os correligionários deles, e a partir do momento que alguém de qualquer lado, cometer um ato, primeiramente condenar esse ato, porque a partir do momento que um dos dois não se manifestam pedindo pra parar isso aí, acredito que a escalada pode ser catastrófica pra gente”.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) deve oferecer denúncia contra Guaranho em até cinco dias, segundo informações do promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça. O policial penal segue internado no hospital, sem previsão de alta.

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