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Caso Michel Sá: MP pede prisão preventiva de motorista e padrasto de assassino confesso

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Gabriel Bispo foi preso em 19 de novembro após 3 meses da morte do assessor  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/01/2019, às 08h14   Juliana Nobre


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O Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra Maurício Lucas Teive e Argollo, e Itazil Moreira dos Santos, padrasto e motorista, respectivamente de Gabriel Bispo dos Santos, assassino confesso do assessor da Diretoria de Relacionamento e Atendimento da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), Michel Sá.

O documento expedido pela promotora de Justiça, Norma Angélica Reis Cardoso Cavalcanti, possui detalhes do depoimento de Gabriel, que cita a participação na cena do crime. A promotoria ainda aponta a necessidade de configurar o ato em latrocínio, previsto no art. 157, §3º, do Código Penal Brasileiro.

Gabriel foi preso no dia 19 de novembro na cidade de Pomerode, em Santa Catarina, foragido desde o dia da morte do assessor, em 16 de agosto. O corpo foi encontrado atrás do Shopping Paralela, em Salvador, no dia seguinte. Michel Batista de Sá tinha 35 anos, era casado e deixou um filho de nove meses.

“O denunciado GABRIEL, após aplicar os golpes com o cartão da vítima, foi encontrar os denunciados MAURÍCIO e ITAZIL, no bairro Saboeiro, local este informado por MAURICIO através do aplicativo Whatsapp, e, lá chegando, de logo, viu que a vítima MICHEL que estava sentado no banco de trás do veículo Ford KA com a fita na boca para não gritar, tendo de um lado MAURÍCIO e do outro ITAZIL, ressaltando que a vítima não reagiu. Se deslocam os três denunciados, levando a vítima para a Avenida Tamburugy, em frente ao Condomínio Mediterrânea, Bairro Patamares, Salvador\BA, onde MICHEL é empurrado para fora do carro e executado pelos três denunciados, vindo a vítima a falecer conforme laudo cadavérico de fls. 105\103 do Vol. I do IP”, diz trecho da denúncia do MP.

A denúncia ainda aponta que Gabriel teria exigido do padrasto R$ 300 mil para assumir o crime sozinho, bem como a quantia de R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais), mensalmente enquanto permanecesse preso, além de que a sua defesa fosse custeada por um advogado renomado. 

Tanto o padrasto quanto o motorista negam autoria delitiva. 

Caso comprovado, eles podem pegar de quatro a 10 anos de reclusão.

A possível decretação da prisão preventiva dos acusados deve ser expedida pela 15ª Vara Criminal da Comarca de Salvador.

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