Polícia
O ex-jogador Robinho está preso há oito meses acusado de estupro e sua esposa, Vivian Guglielmetti, de 40 anos, falou pela primeira vez sobre o caso e disse acreditar na inocência do marido. Casada com Robinho desde 2009, ela afirmou que ele foi alvo de uma perseguição na Itália, onde foi condenado por um caso de estupro coletivo ocorrido em janeiro de 2013, enquanto jogava pelo Milan.
Em março deste ano, a condenação italiana foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que resultou na transferência de Robinho para o cumprimento da pena no Brasil. A defesa do ex-jogador recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um habeas corpus, buscando reverter a prisão. Atualmente, o placar do julgamento está em 5 votos a 1 para que a detenção seja mantida.
“Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá atrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, afirmou emocionada em uma entrevista para o portal Metropóles.
Vivian segue com a convicção de que seu marido é inocente, mesmo após a conclusão da investigação e a condenação definitiva do ex-jogador. Ela reafirma sua crença na versão apresentada por Robinho, de que o ato sexual em questão teria sido consensual, destacando que, após estudar minuciosamente o processo e reunir documentos ao longo de mais de uma década, ela pode garantir que “ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu”.
O ex-jogador, que confirmou em depoimento a participação em uma orgia, alegou que a mulher envolvida havia consentido com a situação. Após ele reconhecer uma traição, Vivian afirmou ter perdoado Robinho e, atualmente, está se dedicando a provar que ele foi injustamente acusado.
“O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu”, disse.
A condenação do ex-jogador foi baseada em áudios obtidos pela polícia italiana por meio de escutas telefônicas, nos quais Robinho e seus amigos descrevem detalhes do ato sexual. O material foi utilizado no julgamento que resultou na pena de nove anos de prisão para o ex-atleta, condenado por estupro coletivo.
“São horríveis aqueles áudios, são vergonhosos, são imorais. É triste. Me dava raiva porque eu sei quem é o Robinho, de levar as coisas sempre na brincadeira. Na minha percepção, ele tinha tanta tranquilidade de que ele não tinha feito nada, que ele brinca: ‘Ah, que se dane’”, disse Vivian.
Ela ainda contou que, na época, chegou a pensar em se separar por causa da traição, mas que “foi convencida pelo marido de que não houve estupro”. “Eu cheguei em casa e falei: ‘Vou embora, vou pegar meus filhos e estou indo embora’. Ele: ‘Não, pelo amor de Deus. Meu erro foi ter te traído, não vou mais fazer'”.
Robinho foi preso em 21 de março de 2024. Desde então se encontra na Penitenciária II de Tremembé.
“Vou lá todas as semanas. Levo a comidinha dele, os produtos de higiene, os produtos de limpeza. Graças a Deus, ele tem uma cabeça muito boa. Eu, às vezes, vou para tentar acalmá-lo, e é ele quem me acalma”, contou.
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Mariana De Siervi
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