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Polícia faz buscas contra empresa que atua Bahia por suspeita de sonegar R$ 55 milhões

Divulgação/ Polícia Civil
O grupo empresarial usava empresas de fachada para emissão de notas fiscais frias  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Polícia Civil

Publicado em 08/08/2023, às 13h18   Cadastrado por Bernardo Rego


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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (8), a operação Arancia, que tem por alvo empresas atacadistas de alimentos e bebidas que atuam na Bahia, Rio de Janeiro, DF e Goias. Os empresários são suspeitos de envolvimento em esquema de sonegação fiscal que culminou em uma dívida tributária de R$ 55.793.712,22. As informações são do Metrópoles.

A investigação é coordenada Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor). Segundo a polícia, apurou-se que um grupo empresarial se utilizaria de empresas de fachada para emissão de notas fiscais frias e circulação de dinheiro provenientes de ilícitos tributários. Essas empresas, que orbitavam e se vinculavam às empresas existentes, tinham seus quadros societários constituídos por “laranjas” com padrões de vida módicos, incongruentes com os valores milionários movimentados pelas respectivas firmas de fachada.

A polícia destaca que a utilização de laranjas nos contratos sociais das empresas de fachada tem o objetivo de blindar os reais proprietários do grupo empresarial que se beneficiam do esquema de duas formas: com constituição de crédito fiscal, não realizando o pagamento dos impostos devidos, ou com o aproveitamento dos créditos tributários, em substituição tributária, advindos da simulação/dissimulação de atos.

De acordo com a investigação, o grupo criminoso está atuando há aproximadamente uma década no Distrito Federal, e há cinco inquéritos em curso na DOT apurando as práticas criminosas desse grupo.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documento falso e falsidade ideológica. Caso condenados, podem pegar até 33 anos de prisão.

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