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Policiais civis dizem ter sido expulsos de prova do órgão por estarem armados: 'como cachorro'

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Os policiais civis registraram caso na 1º Delegacia Territoral dos Barris  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street Views

Publicado em 24/07/2022, às 12h32   Redação BNews


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Dois investigadores da Polícia Civil dizem ter sido colocados para fora do Colégio Central, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador, neste domingo (23), após chegarem com posse de suas armas para realizar o concurso do órgão. Eles afirmam ainda que foram maltratados por um dos organizadores do certame, mesmo após apresentarem seus distintivos e solicitarem um armário para que as armas ficassem guardadas durante a aplicação da prova. O caso foi registrado na Delegacia Territorial (DT) dos Barris no final da manhã.

O investigador Rui Cardoso, da 8º Delegacia de Polícia de Simões Filho, disse, em entrevista ao BNews, que chegou no local da prova e que, na entrada, informou que era um policial civil e que, por isso, estava com distintivo e arma.

“Nos mandaram ir para coordenação. Achávamos que lá as nossas armas seriam guardadas, mas, chegando lá, fomos mal atendidos por uma pessoa que se dizia ser responsável pelo concurso. Ela nos destratou e quis colocar a gente para fora. Eu pedi calma e disse que iria providenciar um local para guardar minha arma”, relata o investigador.

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Caso foi registrado na 1º Delegacia Territorial dos Barris (DT) Foto: Google Street Viwes)

Na portaria, continua o policial, uma equipe da segurança da unidade de ensino conseguiu um armário de aço e com cadeado para que as armas fossem colocadas. Mas, ainda de acordo com o investigador, ao chegar na sala onde a prova seria aplicada, a organizadora não permitiu, mais uma vez, a entrada deles.

O investigador, diante da possibilidade de não realizar a prova, ligou para a Polícia Militar. As armas, diz ele, foram entregues para um suboficial, mas mesmo assim os dois foram impedidos.

“Eu e o colega estamos prejudicados. Estudei dois anos para fazer essa prova e ela, de forma petulante, não nos deixou fazer. Fomos tratados como cachorro”, lamentou Rui. O segundo investigador impedido foi identificado como Antônio César Castro, da 4º Delegacia de Polícia de São Caetano.

O concurso da Polícia Civil deve preencher mil vagas, sendo 150 para o cargo de delegado, 150 para escrivão e 700 para investigador. No total, 44.133 pessoas se inscreveram. As provas estão sendo aplicadas neste domingo durante dois turnos. A reportagem não conseguiu contato com a organizadora da prova.

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