Polícia

Policial "confunde" celular com arma e atira contra frentista que comemorava aniversário

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Policial atirou contra carro de frentista sete vezes  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 08/08/2023, às 18h08   Cadastrado por Sanny Santana


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Um frentista que voltava para casa após comemorar seu aniversário em um baile funk acabou sendo morto com um policial militar no Rio de Janeiro. O caso aconteceu na madrugada de domingo (6), mas ganhou ainda mais repercurssão após o enterro do rapaz, ocorrido na segunda-feira (7).

Guilherme Lucas Martins Matias, que estava fazendo 26 anos, estava dentro de um carro, trafegando pelo morro de Santo Amaro, em Santa Teresa, região central do Rio. De acordo com o Estadão, a Polícia Militar informou que dois policiais flagraram um veículo que trafegava na contramão.

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Os PMs deram ordem de parada, mas o veículo não parou e um dos ocupantes teria apontado uma arma prateada em direção a eles. Um dos policiais, então, atirou. A "arma", na verdade, era um telefone celular.

A vítima estava com três amigos no momento da ocorrência. Para cortar caminho, ele decidiu trafegar pela rua do Fialho, na contramão. O carro, então, foi flagrado por dois policiais. Os amigos de Guilherme que estavam na ação alegam que não houve ordem de parada por parte dos policiais. 

Segundo a Polícia Civil, o policial atirou sete vezes contra o carro. Dois ocupantes, além de Guilherme, se feriram e foram levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, onde Matias morreu.

A mãe do rapaz, Juliana Martins, reclamou da ação policial. "O filho sai para comemorar o aniversário e a gente recebe a notícia de que ele está morto. Como é que pode? As pessoas que estão ali para te proteger te matam. Ele (Matias) vai ser mais um na estatística. Negro, pobre e favelado. Se fosse na Barra da Tijuca, com meninos brancos, isso iria acontecer? Eles iriam confundir um celular com uma pistola? Não iriam", desabafou.

Segundo familiares, Matias se separou recentemente e estava morando com a mãe e o filho. Além de trabalhar como frentista, ele estava cobrindo férias de um primo que trabalhava como porteiro.

O porta-voz da PM, coronel Marco Andrade, declarou, em entrevista à TV Globo, que o policial que atirou não cumpriu os protocolos da corporação.

"Segundo os policiais militares que estavam no local, um veículo que vinha na contramão não obedeceu à ordem de parada, e os policiais efetuaram disparos de arma de fogo. Todo esse protocolo não faz parte dos nossos materiais de instruções, de abordagem, nas nossas técnicas, realizadas constantemente nos nossos centros de formação", declarou o coronel.

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