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Secretário de Educação do Rio de Janeiro é preso nesta sexta-feira

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Ele é acusado de receber propina em contratos da Fundação Leão XIII   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/09/2020, às 07h48   Redação BNews


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O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso nesta sexta-feira (11) na segunda fase da Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. De acordo com o G1, a ex-deputada federal e pré-candidata à prefeitura da cidade, Cristiane Brasil (PTB), também foi alvo da operação, contudo não foi encontrada.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Polícia Civil acreditam que o esquema pode ter desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018, parte desse montante em espécie.

O MP-RJ prendeu Fernandes por sua gestão na Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão, antes de assumir a pasta da Educação no governo do governador afastado Wilson Witzel (PSC). Ainda segundo o site, o secretário apresentou um exame positivo de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, fazendo com que a prisão preventiva se torne uma prisão domiciliar.

Cristiane responde por atos supostamente praticados entre maio de 2013 e maio de 2017, quando assumiu secretarias municipais nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella. A assessoria da ex-deputada informou que ela não está no Rio de Janeiro, mas que irá se apresentar ainda nesta sexta.

A ex-parlamentar foi secretária de Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio e chegou a ser nomeada ministra do Trabalho no governo Temer, mas teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de condenações na Justiça Trabalhista

Leia nota divulgada pela defesa do secretário:

"O advogado dele vinha pedindo acesso ao processo desde o final de julho, mas não conseguiu. A defesa colocou Pedro à disposição das autoridades para esclarecimentos na oportunidade. No entanto, Pedro nunca foi ouvido e só soube pela imprensa de que estava sendo investigado por algo que ainda não tem certeza do que é" declarou.

Leia nota de Cristiane Brasil: 

"Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai. Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil", afirmou.

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