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“Procedimento de praxe”, diz Polícia Civil após trocar delegado responsável por investigar mortes em Jaguaripe

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O delegado Cristóvão Éder Maia de Oliveira, que estava na DT de Cruz das Almas, assumirá a unidade de Jaguaripe  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 07/04/2022, às 20h36 - Atualizado às 20h45   Redação BNews


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A Polícia Civil da Bahia informou, na noite desta quinta-feira (7), que a transferência de delegados, escrivães e investigadores é procedimento de praxe e ocorre regularmente. A afirmação foi feita ao BNews, após o delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações do assassinato do empresário Leandro Troesch, encontrado morto, em março, em uma pousada de luxo em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, ser afastado do caso.

Ainda de acordo com a PC, a troca foi realizada de “forma transparente e pública, por meio do Diário Oficial do Estado, de acordo com os critérios internos da Instituição”.  A polícia afirmou que a alteração na Delegacia Territorial (DT) de Jaguaripe é uma das mudanças realizadas neste mês e que o delegado Cristóvão Éder Maia de Oliveira, que estava na DT de Cruz das Almas, assumirá a unidade de Jaguaripe.

Em entrevista ao BNews, na tarde de hoje, Magalhães afirmou que “de maneira arbitrária e sem fundamento” ele foi transferido para Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, e afirmou que soube da transferência através de um colega no momento em que estava interrogando Maqueila Santos, uma das suspeitas de envolvimento no crime.

“Tudo foi feito de maneira arbitrária e sem fundamento. Estava tudo caminhando para dar um veredito final sobre o caso. Já estava para sair os indiciamentos para a conclusão do inquérito.  Me transferiram de cidade na calada da noite. Soube através de um colega no momento em que eu estava ouvindo Maqueila”, afirmou o delegado enfatizando ainda que está arrasado com o ocorrido. Para Magalhães, “existe alguma coisa por trás disso”.

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Amiga da esposa de Leandro Troesch, Maqueila chegou a Salvador no começo da tarde de terça-feira (5). Ela estava presa em Aracaju (SE) desde o dia 24 de março.

Ela teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março. A suspeita respondia em liberdade a processos por estelionato e fez amizade com Shirley da Silva Figueiredo, esposa de Leandro, durante a prisão em 2021. Ao ser liberada pela Justiça, ela trabalhou na pousada Paraíso Perdido, a qual o empresário era dono.

Além da morte de Leandro, a polícia investiga se Maqueila teve participação na morte de Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy. Ele era funcionário de Leandro e, considerado pela polícia, testemunha chave para esclarecer as circunstâncias da morte do empresário.

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