Polícia

Produtos de empresa do influenciador Renato Cariani abasteciam PCC, diz PF

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Principal elo entre Cariani e a facção seria Fábio Spinola Mota, apontado como membro do PCC  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 14/12/2023, às 13h35   Cadastrado por Sanny Santana


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O suposto esquema de desvio de produtos químicos ligado ao influenciador Renato Cariani, de 47 anos, abastecia uma rede criminosa de tráfico de drogas internacional comandada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Federal.

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Ainda conforme a PF, o principal elo entre Cariani e a facção seria Fábio Spinola Mota, apontado como membro do PCC. Ele foi preso no início deste ano, em outro operação da PF, que investigou um esquema de tráfico internacional e interestadual de drogas.

Durante essa outra investigação, a cargo do núcleo da PF do Paraná, em abril, foram realizadas prisões, apreensão de cerca de 5,2 toneladas de cocaína e bloqueio de bens estimados em R$ 1 bilhão.

Mota, que ficou preso até mês passado, foi um dos alvos da operação, além de Cariani e Roseli Dorth, sócia do influenciador em uma empresa para venda de produtos químicos.

A polícia chegou a pedir a prisão deles, mas foi negado pela Justiça. Na casa de Mota, foram encontrados R$ 100 mil em espécie. A hipótese da polícia é que parte do material adquirido pela Anidrol era desviada para a produção de cocaína e crack. Para justificar a saída dos produtos, eram emitidas notas fiscais falsas e depósitos em nome de laranjas, usando indevidamente o nome da multinacional AstraZeneca.

De acordo com a investigação, foram desviadas cerca de 12 toneladas de produtos como acetona, éter etílico, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, substâncias utilizadas para transformar a pasta base de cocaína em pó (cocaína) ou em pedras (crack).

Ainda conforme o policial, as investigações tiveram início após a Receita Federal detectar depósito em dinheiro, no valor de R$ 212 mil, aparentemente feitos pela AstraZeneca. A empresa, contudo, negoi a movimentação e a ligação com a empresa do influenciador. 

Ao longo da apuração, Cariani apresentou troca de mensagens com um suposto funcionário do laboratório, Augusto Guerra. Uma análise mostrou, contudo, que teria sido Mota quem havia registrado um domínio na internet em nome da AstraZeneca, com extensão com.br, e criado um email em nome desse funcionário fantasma. 

A estimativa da PF é que o esquema de desvios de produtos possa ter rendido ao grupo valores superiores a R$ 6 milhões. 

Classificação Indicativa: Livre

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