Polícia

"Quero saber quem mandou matar mãe Bernardete e por quê?", diz filho de líder quilombola assassinada

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A Polícia Civil prendeu 3 suspeitos de participação do crime, mas deixou a possível autoria sob sigilo.  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews/ Lindaura Berlink/ BNews
Lindaura Berlink

por Lindaura Berlink

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Publicado em 04/09/2023, às 22h19 - Atualizado às 23h36


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O gestor cultural e professor Jurandyr Pacífico, filho de mãe Bernardete Pacífico, falou nesta segunda-feira (04), durante coletiva de imprensa, em frente ao Fórum Rui Barbosa, que acredita na participação de mais pessoas no assassinato da líder quilombola. A polícia Civil da Bahia informou nesta segunda, também durante coletiva, que três pessoas foram presas suspeitas pela morte da ialorixá.

Para o gestor cultural, o trio preso ainda não responde a principal pergunta: " O que eu quero saber é quem mandou matar mãe Bernardete e por quê?", desabafou. Jurandyr acredita ainda que não só os executores e os mandantes são responsáveis pela morte da mãe. "Tem uns 10 aí para serem presos. O culpado não é só aquele que aperta o gatilho, é aquele que indica a casa, que passa informações precisas".

Ainda durante entrevista, o professor relembrou a morte do irmão Flávio Gabriel Pacífico do Santos, conhecido como Binho do Quilombo, dentro do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. O caso foi levado até a Polícia Federal, mas ninguém  foi preso e o crime segue sem solução." Se tivesse elucidado esse crime em 2017, certamente mãe Bernardete estaria viva", disse.

Jurandyr acredita que o assassinato dos dois parentes estão relacionados e completou "O crime de Binho foi 'de mando' e poderosos estão por trás disso. Acredito que terceirizaram a execução. Enquanto não elucidarem a morte de Binho do Quilombo, a família corre risco", falou.

Depois da morte de mãe Bernardete, o professor precisou sair do Quilombo Pitanga dos Palmares, onde vivia com a família, por questões de segurança. Ele já fez a solicitação para ser incluído no programa de segurança da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH-BA), mas ainda não foi incluído. Apesar disso, ele é acompanhado por uma escolta de policiais 24 horas por dia.

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