Polícia

Secretário da SSP diz que morte de indígena é "inadmissível" e revela ações tomadas após o crime

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Indígena Pataxó foi assassinada no último domingo (21)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

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O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, comentou sobre o assassinato da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como 'Nega Pataxó', ocorrido no último domingo (21). Durante coletiva realizada nesta terça-feira (23), no CAB, em Salvador, ele declarou que o crime é "inadimissível".

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Além disso, ele pontuou algumas ações realizadas pela SSP-BA após o homicídio. Segundo o titular da pasta, um plano de ação para o enfrentamento à violência foi instituído no ano passado, mas só foi materializado neste ano, com a criação da CINCAL (Companhia Independente de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos na Polícia Militar).

"Desde o ano passado, assim que a gente chegou na secretaria, nós instituímos um plano de ação para o enfrentamento à violência de qualquer tipo de natureza, em conflito agrário e urbano. E parte, inclusive, desse plano foi materializado ontem com a criação da CINCAL, que é a Companhia Independente de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos na Polícia Militar. Essa é uma companhia inovadora. É a primeira companhia dessa natureza que é instituída na Polícia Militar de todo o Brasil. Visa fazer o que? O gerenciamento de crise, preparar o policial para esse tipo de contenda, para poder fazer a tratativa da mediação", explicou o secretário Werner.

"O evento que aconteceu é inadmissível, nós não podemos compactuar com violência, qualquer que seja, de qualquer lado que seja", pontuou o titular da pasta.

De acordo com Werner, após o ocorrido, foram enviados para a região mais de 20 policiais do Batalhão de Polícia de Choque, 10 do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Coordenação de Conflito Fundiário da Polícia Civil, além de outras forças de segurança.

Duas pessoas que, segundo Werner, estavam "diretamente ligadas" ao assassinato foram presas em flagrante e ainda houve a apreensão de quatro armas de fogo. "Nós estamos adotando todas as medidas necessárias para que essas pessoas e outras que porventura estavam lá sejam responsabilizados", afirmou.

Reuniões também foram realizadas no mesmo dia do assassinato. A SSP-BA se reuniu com o Ministério Público, o Poder Judiciário e a Defensoria Pública. 

Questionado sobre a participação de agentes da Segurança Pública que prestam serviços a fazendeiros, suspeitos de promover ataques aos indígenas, Werner relembrou a criação da FORCE, força integrada de repressão a crimes de extermínio e corrupção policial.

"Nós não podemos permitir que haja desvios de conduta de policiais de qualquer natureza que possível, em especial a prática de crimes. Então nós tivemos diversas ações (...) foram muitas pessoas efetivamente presas, muitas armas apreendidas ao longo dessas operações. Mais de 750 mil reais apreendidos a partir dessas operações e são operações que vão ser continuadas. (...) Nós estamos agindo e continuaremos com essa mesma atuação nesse ano de 2024", enfatizou.

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