Polícia

Traficantes usaram redes sociais dos irmãos rifeiros para acusá-los de serem rivais, diz família

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Os irmãos rifeiros de 23 anos foram mortos após uma festa de paredão  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews

Publicado em 27/07/2022, às 08h57   Redação BNews


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A família dos irmãos gêmeos rifeiros mortos por traficantes após uma festa tipo paredão, na segunda-feira (25), no bairro do Lobato, em Salvador, afirmam que os aparelhos celulares das vítimas estão sendo usados pelos criminosos. Nos últimos dias, os suspeitos tiveram acesso às redes sociais dos dois e fizeram publicações afirmando que Ruan e Rubens da Silva, de 23 anos, tinham envolvimento com o tráfico de drogas — o que os familiares negam.

Os irmãos rifeiros, além do jogo de azar, também trabalhavam com o aluguel de som automotivo. No dia do crime, os dois, que moravam no Alto do Cabrito, receberam um convite para ir até uma festa. Lá, traficantes teriam desconfiado deles e pedido para ter acesso aos aparelhos celulares. Ao descobrirem que as vítimas moravam em um bairro dominado por criminosos rivais, os suspeitos decidiram matá-los.

Família

A mãe dos jovens reafirmou nesta quarta-feira (27), em entrevista à TV Record Itapoan, que os filhos não tinham envolvimento com o crime. Ela estava no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML) resolvendo os trâmites funerários dos sepultamentos de Ruan e Rubens .

“É muito difícil perder dois filhos da maneira como perdi. Ainda tem essas fotos dizendo que eles eram errados. Eles não eram errados, só estavam no local errado, eram meninos de bem, criei os meus filhos, os meus tesouros. Na rua onde eu moro, todo mundo sabe da minha trajetória. Eu não aceito o que estão falando”, desabafou a mãe.

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A mãe dos irmãos rifeiros lamentou a morte dos filhos (Reprodução/TV Record Itapoan)

"Tinha 23 anos, eram jovens. Eles me diziam que entravam em qualquer lugar porque não tinham envolvimento com nada. A gente pedia para que eles não saíssem pois a cidade está perigosa. Avisavámos para não ficar até tarde na rua", completou um tio, também em entrevista à TV Record Itapoan.

As mortes dos rifeiros estão sendo investigadas pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). Não há, até o momento, informações se os suspeitos foram localizados e presos. 

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