Polícia

Vídeo: Policial civil é agredido por PMs no Carnaval de Salvador e denuncia racismo

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O agente, agredido por PMs, garante que não houve nenhum tipo de confusão que motivasse a truculência  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 03/03/2023, às 11h20


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Mais de uma semana após o fim do Carnaval de Salvador, um caso de agressão veio à tona. O policial civil Adson Gomes Miranda acusa policiais militares, do Batalhão de Choque, de agressão, na terça-feira da folia, no circuito Dodô (Barra/Ondina), enquanto curtia a festa com uma amiga na pipoca.

Em um vídeo, que circula nas redes sociais, é possível ver o momento exato da agressão. O caso aconteceu nas proximidades do Cristo da Barra, durante a passagem do trio de Léo Santana. As imagens não mostram nenhum princípio de confusão até que os PMs entram em ação contra algumas pessoas, sendo uma delas, o investigador, que chega a receber um chute no rosto de um dos militares.

Em informações divulgadas pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Adson relata como tudo aconteceu. “Eu estava na região do Cristo, na Barra, busquei o local, pois, existem diversas câmeras de segurança, de fato lá, havia uma certa proteção. Quando uma colega me pediu para fazer uma filmagem dela, a mesma queria colocar nas redes sociais. De repente, percebi um PM me olhar de forma diferente. Após isso fui agredido por um policial, caí e na sequência me vi sendo agredido por cinco colegas PMs”.

O agente detalha que os militares continuaram a agressão mesmo sabendo que ele seria um policial, ainda assim, recebeu um chute no rosto, o que provocou ferimentos graves. “A todo instante as pessoas gritavam tentando me socorrer e dizendo que eu era policial, mas não adiantava".

Para Adson, a agressão trata-se de um caso de racismo dos policiais. "Com certeza foi um caso de racismo, pela minha cor e o estilo do meu cabelo. Nós negros também temos os nossos direitos, por isso, que não podemos aceitar situações como essas”, avalia.

Diante da acusação, a reportagem do BNews procurou a Polícia Militar da Bahia (PM-BA), em busca de um posicionamento, mas obteve como retorno apenas que "o fato está sendo apurado".

Já a Polícia Civil, através de nota, informou ao BNews que o registro da ocorrência foi realizado "em um dos postos da Polícia Civil situados no circuito do Carnaval, onde foram realizadas as oitivas e expedidas as guias periciais". A corporação informou também que o caso foi "encaminhado para 14a DT/Barra, que segue com a apuração", e segue sendo acompanhado pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), no qual o servidor é lotado.

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