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VÍDEO: Vítima de abuso de ginecologista em Salvador faz relato assustador e revela trauma: "abriu meu ânus"

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O relato assustador é de uma das vítimas do ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 04/11/2023, às 07h46


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O caso de violência sexual, que tem como acusado o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, em clínicas de Salvador, voltou à tona nesta semana. Uma reportagem da Globonews trouxe um relato assustador, de uma das vítimas do médico, que contou em detalhes o trauma que viveu.

"Ele me fez perguntas como se eu fazia sexo anal, se eu me masturbava. Abriu meu ânus, dizia que eu estava tensa, alisava minha perna [...] Ele disse que não era necessário eu usar o roupão. "E eu disse para ele: mas por que não usar o roupão? Eu vou sair assim despida?". E ele dizia: "eu sou médico, eu fiz a cirurgia, não tem porque esconder nada".

A mulher afirma que ficou traumatizada e não consegue mais fazer o mesmo tipo de exame depois de ter sido abusada. "Eu saí revoltada, é de uma revolta extrema. Eu jurei que não ia mais voltar e não voltei. Não é à toa que se passaram dez anos para eu poder repetir o exame ginecológico, porque aquilo ali ficou na minha cabeça e eu não consegui mais voltar, eu não consegui fazer até hoje. Eu fui fazer o exame, não voltei na clínica nem para pegar o resultado, falta fazer ainda a transvarginal, a ultrassom mamária, eu ainda não consegui fazer".

Polícia confirma 15 vítimas
Subiu para 15 o número de mulheres que denunciaram o médico. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (29) ao BNews pela Polícia Civil. Além disso, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) pediu ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) a prorrogação o prazo para a conclusão do inquérito.

Conforme o BNews já mostrou, os registros dos atendimentos das vítimas aconteceram no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), situado no bairro de Brotas. Outros casos teriam acontecido na clínica CAM, localizada no Itaigara, de 2019 a 2022.

O Conselho Regional de Medicina (Cremeb) já afirmou que o processo contra o ginecologista tramita em sigilo e que se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional.

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