Política

Presidentes de Odebrecht e Gutierrez tiveram participação em desvios, diz PF

Publicado em 19/06/2015, às 12h26   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e o delegado Igor Romário de Paula, membros da força-tarefa da Operação Lava-Jato, afirmaram nesta sexta-feira (19) que o esquema de corrupção envolvendo as empreiteiras Andrade Gutierrez e a Odebrecht era muito mais sofisticado do que o das demais empreiteiras investigadas pela Polícia Federal. Eles disseram ainda que os dois presidentes das empresas, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, tinham conhecimento e participaram das negociações do cartel de empreiteiras que fraudava as licitações na Petrobras. A PF prendeu os dois executivos na manhã desta sexta-feira, durante a 14ª fase da Operação Lava-Jato.
— Há indícios bem concretos que os presidentes tinham o domínio de tudo que acontecia nas empresas de uma forma geral (...) Apareceram indícios concretos, depoimentos e documentos, comprovando que, em algum momento, eles tiveram contato ou participaram de negociações que resultaram em atos que levaram à formação de cartel, direcionamento de licitações e mesmo destinação de recursos para pagamento de corrupção — disse o delegado Igor Romário de Paula, para quem os presidentes tinham “domínio de tudo o que acontecia”.
Ambos criticaram ainda a postura da Odebrecht que, segundo eles, “foi diferente das demais, negando os fatos e se recusando a colaborar com a Justiça”. — A Odebrecht não apresentou documentos, não teve postura — declarou Carlos Fernando, para quem esta nova fase da Lava-Jato não é “uma surpresa”, e sim uma continuação da sétima fase da operação, que prendeu empreiteiros como Ricardo Pessoa, da UTC.
Segundo o procurador, com as empreiteiras anteriores os relacionamentos que foram denunciados foram com o doleiro Alberto Yousseff e as empresas dele, “um esquema relativamente simples e muito fácil de se comprovar, porque acontecia dentro do nosso país”.
Para o delegador Igor de Paula, esta nova fase mostrou que “ não importa o tamanho da empresa, a sua capacidade de influência e seu poder econômico, isso jamais vai poder ser prerrogativa”.
Fonte: O Globo

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