Política

Aleluia vai ao STF defender novas eleições na Câmara

Publicado em 18/05/2016, às 19h55   Redação Bocão News (Twitter: @BocaoNews)



O imbróglio em torno do comando da Câmara dos Deputados após o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode estar perto do fim. O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de segurança com pedido de liminar para a realização de novas eleições para a presidência da Casa, no prazo de até cinco sessões.
A presença do vice Waldir Maranhão (PP-MA) desagrada maioria dos deputados. Para Aleluia, a saída de Cunha determinada pelo STF exigiria a convocação imediata de nova votação para ocupar o posto.
"Ele (Cunha), nesse momento, não é presidente da Câmara e não é deputado em exercício do mandato. Ele está afastado. E o regimento é muito claro. Se algum deputado que exerce cargo na mesa é afastado, tem que ser convocada eleição para preencher o cargo", afirmou Aleluia.
O deputado afirma que Cunha, por estar afastado, deveria também perder os privilégios do cargo, como a residência oficial, e que ele continua sendo o presidente "de fato" da Casa.
"Os privilégios dados ao presidente também não são cabíveis", disse. "A casa do presidente da Câmara é como se fosse o palácio do legislativo. Ele lá não pode permanecer, influindo nos atos internos da Câmara, governando de fato a Câmara."
Na semana, passada a Mesa da Câmara finalizou ato mantendo o direito de Cunha ao salário integral de R$ 33,7 mil, a permanecer na residência oficial da Câmara, R$ 92 mil mensais para pagamento de salário de assessores, plano de saúde, segurança pessoal, carro privativo e aeronave da FAB para deslocamentos aéreos. Aleluia disse que a decisão da Mesa é "ilegal" e "não tem suporte".
Segundo Aleluia, caso o STF conceda a liminar, o presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) voltaria ao cargo de vice-presidente da Mesa. O deputado também afirmou que Maranhão deve responder pela decisão da Mesa de manter as prerrogativas de Cunha. "O deputado Waldir Maranhão é vice-presidente. Voltará a sua função de vice-presidente. Ele é um dos que já estamos demandando. Ele foi o coordenador desse ato que foi praticado, e ele e a Mesa vão responder pelas despesas incorridas de forma ilegal para manter um presidente que não é presidente", afirmou.
Segundo o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), a iniciativa de Aleluia teve o respaldo da sigla.
"Acho que o Supremo Tribunal Federal poderá dirimir de uma vez por todas essa questão da vacância do cargo de presidente da Câmara. E aí nós podemos fazer uma eleição para presidente, elegermos um presidente definitivo, nada de interinidade, e o senhor Maranhão volta para o lugarzinho dele".
O líder do partido afirma que PSDB e PPS também estão de acordo com a decisão.
Com informações de Uol

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