Nove notas fiscais que somam R$ 2,5 milhões em pagamentos à empresa Construtora Planície foram anexados pela defesa do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ao processo da Lava Jato que investiga o ex-senador Gim Argello.
Os valores seriam caixa dois da campanha ao governo da Paraíba em 2014 pelo PMDB, do atual ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo. Os milhões foram pedidos pelos ex-senadores Gim Argello e Vital do Rêgo em troca de proteção à OAS durante as investigações da CPMI da Petrobras. “[Léo Pinheiro] revelou que “a OAS pagou”, além dos “R$ 350.000,00 de doação a paróquia lá de Brasília”, imputados na denúncia, “R$ 2.500.000,00, sendo R$ 1.000.000,00 em doação ao PMDB Nacional e R$ 1.500.000,00 através de caixa dois”, pontuou a defesa de Léo Pinheiro.
As transferências à Construtora Planície somam R$ 2,506 milhões. De acordo com a defesa, parte desta quantia foi utilizada para viabilizar o pagamento de caixa dois. Também foram protocolados registros de quatro encontros com o ex-senador Gim Argello entre abril e maio de 2014 na agenda de Léo Pinheiro.
Em resposta a defesa, o juiz Sérgio Moro afirmou que o suposto pagamento de propina retratado não faz parte da denúncia que, nesse caso, tem como alvo apenas o ex-senador Gim Argello. Ainda segundo Moro, o destino no material ainda será definido.
Em nota, Vital do Rêgo afirmou que não recebeu recursos da empresa Planície para sua campanha eleitoral.
