Política

Lajedinho: gestão só recebeu uma parcela do valor prometido após tragédia 2013

Publicado em 04/04/2017, às 18h45   Tony Silva / Alexandre Galvão


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Abatida nesta semana por mais uma tromba d’água, a cidade de Lajedinho, na Bahia, ainda não se recuperou da tragédia de 2013. De acordo com o atual prefeito do município, Marcos Mota (PSD), o Governo Federal só repassou uma parcela do valor prometido para que a prefeitura reconstruísse instalações públicas. 
“O recurso foi autorizado em 19 de fevereiro de 2014. O valor de R$ 4.2 milhões foi destinado ao Estado da Bahia pelo Ministério da Integração Nacional. Naquele momento o município estava em estado de calamidade pública e não poderia executar. O prefeito à época, Antonio Mário, achou melhor que o estado administrasse o recurso. O estado executaria através da Conder e o município ficaria somente responsável em executar o reestabelecimento dos serviços essenciais. O município tinha sua prefeitura destruída, não tinha porque cuidar de obras. Optou para o próprio estado”, afirmou. 
Deste valor, de acordo com Mota, em 2014 o Governo Federal liberou R$ 1,6 mi. “Quando o estado recebeu a primeira parcela iniciou a recuperação dos prédios públicos. Em junho de 2016, o estado prestou conta da primeira parcela. Após isso, foi solicitada a liberação da segunda parcela, porém o Governo Federal não repassou para Conder para que as obras fossem retomadas. A partir daí as obras foram paralisadas por conta do atraso nos repasses”, contou. 
Com o atraso na liberação, muitas unidades da prefeitura ainda não funcionam. “Os equipamentos públicos funcionam de forma improvisada. Meu gabinete funciona no prédio da secretaria de educação. Outros órgãos funcionam conjugados com outras unidades ou em imóveis alugados. Dez equipamentos públicos da cidade entre a prefeitura, um Cras, secretaria de assistência social, conselho tutelar, biblioteca, mercado municipal, o clube social e farmácia básica foram comprometidos em 2013”, conta. 
EDUCAÇÃO – uma das necessidades mais latentes da cidade, na visão do prefeito, é a reconstrução do colégio estadual. A unidade existente na cidade – o Colégio Estadual Professora Delzair do Nascimento Galvão – foi destruída em 2013. “O estado pediu que um terreno fosse doado para reconstrução da escola. O município fez a doação do terreno em 2014 e até agora esperamos. Estive com o governador cobrando a construção da escola. O secretário Walter Pinheiro ligou para dizer que vai ser reconstruído”, apontou. 
Sem a estrutura, uma escola foi improvisada. “A estrutura do colégio funciona de forma precária. Alunos começaram a se matricular na região vizinha, criando demanda de transporte escolar para prefeitura que gera uma despesa não programada, ao tempo em que essa é uma responsabilidade é do estado. Aumentou a despesa do município com serviço que é de responsabilidade do estado”, reclamou.
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