Política

Medrado está fora da Câmara e atribui articulação a Neto: resquício da malvadeza

Publicado em 22/08/2017, às 10h42   Aparecido Silva


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Ex-superintendente do Procon-Bahia, Marcos Medrado (Podemos) vive um, digamos, 'inferno astral'. Desde o início do ano, vem tentando assumir a vaga de deputado federal na Câmara dos Deputados após o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB) assumir a Secretaria de Governo em fevereiro.

Em 27 de junho, venceu o prazo para o suplente imediato, Colbert Martins (PMDB), manifestar desistência ou interesse pela vaga. O peemedebista é vice-prefeito de Feira de Santana e pode assumir a prefeitura com eventual eleição do prefeito Zé Ronaldo (DEM) na eleição do ano que vem em algum cargo majoritário. Por estas e outras, Martins decidiu seguir em Feira, e Medrado tomou posse no Legislativo federal.

No entanto, no último dia 2 de agosto, por articulação do Palácio do Planalto, o ministro Antônio Imbassahy (PSDB) retornou à Câmara para votar contra admissibilidade da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República em face do presidente Michel Temer. Com isso, Medrado caiu novamente para a suplência. 

A partir do dia 2, Colbert Martins passou a ter, novamente, o prazo de 60 dias para responder ao ofício da Câmara comunicando a desistência, ou não, do posto. De acordo com Medrado, há uma orientação do prefeito ACM Neto (DEM) para que Martins só responda no fim do prazo. "O prefeito deu ordem a Colbert para responder o ofício no fim do prazo. A Bahia fica 60 dias sem um deputado. É resquício da malvadeza", atacou, em conversa com o BNews.

Aliado do governador Rui Costa (PT), Medrado disputou a eleição de 2014 numa coligação que fazia oposição ao petista, quando ainda era filiado ao Solidariedade. Em Brasília, o suplente já havia avisado que votaria conforme interesses do governo petista da Bahia, embora tenha sido eleito em coligação do grupo do prefeito democrata.

A reportagem tentou falar com o vice-prefeito Colbert Martins, mas não obteve sucesso.

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