Política
Publicado em 12/09/2017, às 06h10 Redação BNews
Os executivos da J&F nunca desmentiram, de forma cabal, que gravaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, no período em que negociavam delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), de acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha.
Segundo a publicação, questionados por mais de um interlocutor nos últimos meses, os delatores da empresa sempre deixaram a questão no ar. Não desmentiam e no máximo afirmavam que isso não teria maior importância já que no diálogo não haveria crime. Nenhuma fita com o magistrado tinha vindo a público até o começo da noite de segunda (11).
A coluna detalha também que Mendes está seguro de que foi gravado pelo empresário Joesley Batista. "Eu hoje estou convicto disso", diz. Ele se encontrou com Francisco de Assis, advogado da J&F, em abril, a pedido do profissional, e sem saber que eles já negociavam acordo de delação. No meio da conversa, Joesley apareceu, de surpresa. Na época, o magistrado não deu importância ao fato.
"O grave é que eles estavam sendo pilotados pela PGR [Procuradoria-Geral da República], mais especificamente pelo [ex-procurador] Marcelo Miller, que não era o braço direito e sim o cérebro do [procurador-geral] Rodrigo Janot", diz Mendes. "Os próprios delatores dizem em suas conversas que tinham a tarefa de destruir o STF. Eles não investigavam mas sim tinham um projeto de poder."
Por fim, a publicação acrescenta que nos meios jurídicos circulam informações de que também profissionais do Instituto de Direito Público (IDP), do qual Mendes é sócio, podem ter sido grampeados.
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