Política

Zé Neto tem contas da campanha de 2012 reprovadas pela Justiça Eleitoral

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O juiz eleitoral, Júlio Gonçalves da Silva Júnior, afirmou em seu despacho que ficou evidente a desobediência às leis do TSE  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 07/10/2017, às 10h18   Chayenne Guerreiro


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Candidato à prefeitura de Feira de Santana em 2012, o atual deputado estadual, Zé Neto, teve as contas referentes ao período rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

Foram encontradas pelo Ministério Público, que pugnou pela desaprovação das contas, irregularidades como: “arrecadação de recursos antes da data de abertura da conta bancária específica de campanha eleitoral; inconsistência entre as doações declaradas por outros prestadores de contas e as informações constantes da prestação de contas sob exame; realização de despesas antes da data da solicitação da concessão do CNPJ de campanha; divergência entre o saldo final do extrato da conta bancária e o saldo financeiro apurado no Demonstrativo de Receitas e Despesas, sem realização de conciliação bancária, embora apontada tal diferença; realização de pagamentos em espécie ao mesmo fornecedor, com o mesmo documento fiscal, sendo que a soma dos valores supera o limite estabelecido para pagamentos de pequeno valor; o valor total de despesas pagas, informadas pelo candidato, revelou-se maior do que o valor total das receitas financeiras arrecadadas”.

O juiz eleitoral Júlio Gonçalves da Silva Júnior afirmou em seu despacho que ficou evidente a desobediência às leis do Tribunal Superior Eleitoral. “Com efeito, as impropriedades detectadas possuem grande relevância, consideradas, portanto, insanáveis, já que, examinadas em conjunto, comprometem irremediavelmente a regularidade das contas”.

A reportagem do BNews entrou em contato com o deputado, que informou não haver irregularidades ou algo que indique caixa dois. “São situações meramente contábeis, não tem uma irregularidade de recebimento indevido, captação ilícita, nada que desabone a conduta da campanha”, explicou.

O deputado informou ainda que vai recorrer da decisão. “Primeiro vou embargar, esclarecer isso de ponta a ponta. Ainda tem mais duas instâncias de recurso,” afirmou.

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