Política

“Não trato isso como uma questão de gulodice”, afirma Cacá Leão sobre alfinetada do presidente do PT-BA

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Com a cláusula de barreira, alguns deputados tiveram a oportunidade de mudar de partido e acabaram procurando o PP  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 12/01/2019, às 06h36   Márcia Guimarães



O deputado federal Cacá Leão (PP) comentou a afirmação do presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, que cutucou o PP dizendo que “gulodice gera má digestão”. A crítica do petista se refere ao fato dos progressistas buscarem o status de maior ou segunda maior bancada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e, por consequência, as comissões mais importantes da Casa. 

Cacá Leão citou que o PP é um partido que cresceu nas urnas, elegeu cinco deputados estaduais em 2014 e sete em 2018. Com o advento da cláusula de barreira, no qual alguns partidos não atingiram o patamar eleitoral, alguns deputados tiveram a oportunidade de mudar de partido e acabaram procurando o PP. 

“Nós não fomos procurar nenhum deputado. Vieram conversar conosco e acabaram se identificando com o nosso jeito. Não trato isso como uma questão de gulodice. Respeito o presidente Everaldo, a gente tem uma relação muito bacana. Ele faz um bom trabalho no PT e acredito que cada partido cuida do seu. Acredito que alguns deputados tenham procurado também o PT para conversar, mas acabaram não fechando essa questão”, respondeu o deputado. 

Ele destacou que o PP é um partido que não tem dono. “Partido que tem dono sempre será pequeno. Nós somos um partido que sempre discute e ouve. A nossa bancada sempre tem vez, tanto a estadual quanto a federal e isso faz com que a gente se torne um partido atrativo. Não é à toa que nós vamos chegar a 10 deputados estaduais e, em Brasília, na Câmara, nós somos a terceira maior bancada hoje com 38 deputados, podendo crescer inclusive até o dia 1º de fevereiro”, comemorou o parlamentar.

Questionado sobre o senador Otto Alencar (PSD) ser visto, nos bastidores, irritado com o crescimento do PP na AL-BA, Cacá negou a situação. Para ele, Otto não está chateado, pois o trabalho feito pelos pepistas é o mesmo realizado por todos os partidos.   

“Isso é uma coisa de articulação, de conversa e de identificação desses parlamentares que tiveram a oportunidade de mudar de partido e de conversar com todas as siglas. Nós tivemos a condição e a felicidade de ter sido o partido que eles escolheram, mas eles poderiam ter escolhido o PT, o PSB, o PSD ou qualquer outro partido. Eu tenho certeza absoluta que isso não desagradou o senador Otto, nem ao presidente Everaldo, nem a ninguém”, garantiu.

Quanto à discussão das vagas na AL-BA, Cacá assegura que tudo é debatido e sempre prevalece o consenso. Segundo ele, não é porque o PP está crescendo que vai querer tomar algo que seja direito de outra sigla. 

O parlamentar também ressaltou que o seu partido tem uma relação muito boa com os deputados estaduais, tanto da base do governo quanto da oposição. “A gente já tem o deputado Nelson Leal (PP) que vai ser presidente da Assembleia e eu acho que isso seja motivo para a gente discutir e abrir mão de algumas coisas, a fim de que possamos ter uma convivência harmônica dentro do Poder Legislativo. É assim que sempre foi feito”, acrescentou. 

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