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Caso Crispim: Comissão de Igualdade da AL-BA vai ao MP cobrar investigação

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Deputadas entraram com uma representação no Ministério Público  |   Bnews - Divulgação Reprodução /Instagram

Publicado em 27/02/2019, às 17h25   Tamirys Machado


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A Comissão de Promoção a Igualdade da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) entrou nesta quarta-feira (27) com uma representação no Ministério Público para cobrar apuração no caso de Crispim Terra, agredido no último dia 19 na Caixa Econômica Federal. Ele acusa o gerente de racismo, após ter sido agredido por policiais militares. O documento foi entregue à promotora de Justiça, Lívia Vaz.  A representação foi assinada pela Comissão e subscrita por diversas entidades do movimento negro. Estiveram presentes, a presidente da Comissão De Igualdade, deputada Fátima Nunes (PT), deputada Olívia Santana (PCdoB) , a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), além do empresário agredido, Crispim Terra. 


“Estivemos com a promotora Lívia para entregar uma representação da Comissão de Reparação da ALBA, subscrita por diversas entidades do movimento negro, para que se apure o caso de racismo contra Crispim, ocorrido na agência da Caixa. A promotora anunciou que já abriu inquérito e o fato será apurado. Também propus a realização de uma audiência pública para ouvirmos todas as partes, incluindo a Secretaria de Segurança Pública, após o carnaval”, disse a vereadora Aladilce nas redes sociais. 

A presidente da comissão, deputada Fátima Nunes também cobrou punição para o caso. ”Não dá para aceitar o que aconteceu na Caixa Econômica, uma atitude cruel, racista, quase tirando a vida de um cliente, o senhor Crispim. Temos que buscar todas as formas de combater essa violência, buscando os mecanismos de apoio das instituições do Estado na busca de ações que coíbam e punam aqueles que não sabem agir com o ser humano e respeito aos direitos”, afirmou. 

Relembre o caso:

Um homem foi às redes sociais denunciar um caso de discriminação racial (vídeo abaixo) que sofreu dentro da agência da Caixa Econômica Federal em Salvador. Crispim Terral afirma que esteve no estabelecimento do Largo do Relógio de São Pedro no último dia 19 pela oitava vez na tentativa de resolver um problema relacionado a dois cheques que voltaram.


No entanto, Terra relata que o gerente do banco o deixou esperando na mesa por mais de quatro horas. "Fui surpreendido mais uma vez pelo senhor Mauro, gerente responsável pela minha conta naquele momento, que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa. Indignado com a situação, me dirigi à mesa do gerente general, o senhor João Paulo, que da mesma forma e ainda mais ríspida me atendeu com mais indiferença. Quando pensei que não poderia piorar foi surpreendido pelo senhor João Paulo com a seguinte fala “se o senhor não se retirar da minha mesa, vou chamar uma guarnição”, e assim o fez, chamou a guarnição. Dois policiais me pediram no primeiro momento de forma educada para que pudéssemos nos dirigir juntamente com gerente até a delegacia para prestar esclarecimentos. Até aí, tudo bem. O problema foi que ao descer ao térreo da agência, o gerente, o senhor João Paulo, falou que só iria à delegacia se os policiais me algemassem, e que ele 'não faz acordos com esse tipo de gente'", conta.

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