Política

Se for vontade do Congresso, itens da reforma serão suprimidos, diz secretário

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O secretário ponderou que o governo seguirá empenhado em defender a aprovação integral da proposta apresentada pelo governo  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 02/04/2019, às 13h24   Folhapress



Após uma onda de oposição no Congresso à proposta de mudança em benefícios para idosos carentes e na aposentadoria rural, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira (2) que os itens serão suprimidos da reforma da Previdência se for vontade da maioria dos parlamentares.

O secretário ponderou que o governo seguirá empenhado em defender a aprovação integral da proposta apresentada pelo governo. Na semana passada, líderes que representam a maioria dos deputados declararam oposição às mudanças nas duas áreas. "Treze partidos já se posicionaram contra esses dois itens, mas vamos continuar a debatê-los. Se a maioria assim entender, os itens serão suprimidos, até porque o papel do Parlamento é aperfeiçoar o projeto", afirmou o secretário.

O governo propõe que o pagamento de um salário mínimo do BPC (Benefício de Prestação Continuada) seja pago aos 70 anos de idade, e não mais aos 65. Também quer uma ampliação de idade e contribuição para trabalhadores rurais.
De acordo com Marinho, para tentar convencer os parlamentares, o governo vai detalhar os números da Previdência, apresentando qual seria o impacto para as contas públicas da retirada de cada ponto do projeto.

Nesta terça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebe diversos grupos de parlamentares. É o primeiro movimento concreto depois que ele decidiu entrar pessoalmente na articulação da reforma da Previdência. No primeiro encontro, com a bancada do PSD, o ministro foi avisado que o apoio à proposta só será possível com a retirada desses dois pontos. De acordo com o deputado Júlio Cesar (PSD-PI), Guedes não fez comentários sobre o tema.
"Aquilo já está fora de discussão. Em excluindo isso, a resistência dentro do partido é muito pequena. A omissão dele [Guedes], a gente entende que é uma concordância tácita", disse.

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