Política

Ao lado do MST, deputado baiano falará sobre a política brasileira na África do Sul

Divulgação
Ele também abordará o parlamento brasileiro e detalhes do Governo Bolsonaro, que “vem anunciando medidas contra o povo brasileiro desde o início do ano”  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 04/04/2019, às 18h01   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Ao lado de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) realizará uma palestra na África do Sul sobre a situação política e econômica do Brasil. Ele também abordará o parlamento brasileiro e detalhes do Governo Bolsonaro, que “vem anunciando medidas contra o povo brasileiro desde o início do ano”.

Valmir participará do Congresso de Lançamento do Partido Revolucionário Socialista dos Trabalhadores da África do Sul (SRWP – sigla em inglês), que vai de quinta-feira a sábado (4 a 6/4), em Joanesburgo. “Como homem negro e baiano, eu me sinto emocionado de pisar no continente dos meus ancestrais, na terra de Mandela. Terei que falar de assuntos que não me alegram nem um pouco. Minha tarefa aqui é compartilhar as avaliações sobre o governo ultraneoliberal e conservador de Bolsonaro. Denúncias de corrupção, apologia à misoginia e à violência, redução de políticas sociais, fim da reforma agrária e a famigerada reforma da previdência são pautas”, elencou o deputado baiano.

Na avaliação do parlamentar, esse é um momento em que a tarefa dos movimentos sociais é organizar o povo e resistir. “Aqui na África do Sul, tivemos o triste fato do ‘Massacre de Marikana’ - em 16 de agosto de 2012 - onde 34 trabalhadores da mina de platina da empresa britânica Lonmin foram mortos pela polícia sul-africana. Os mineiros em greve reivindicavam o aumento de salários quando as forças de segurança foram chamadas a intervir para travar o protesto”, lembrou. Para ele, o massacre foi o mais grave tiroteio policial desde o fim do apartheid em 1994. 

“Isso levou a uma onda de greves violentas nas minas da África do Sul e à morte de outros 60 mineiros. E o Partido Revolucionário Socialista já nasce com a perspectiva internacionalista, cuja solidariedade entre os povos é fundamental”, acrescentou. O deputado relaciona a situação com o Brasil ao lembrar a sessão que tirou a presidente Dilma Rousseff (PT) do seu posto. “Muitos que ali bradaram pela família e contra a corrupção, hoje são suspeitos de algum ato ilícito, ou mesmo foram presos. Mas essa articulação levou o ex-presidente Lula para a prisão, sem nenhuma prova que comprove as denúncias que lhe fizeram. Se ele estivesse livre, seria hoje presidente do Brasil”, comparou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp