Política

PT orienta parlamentares a não tratar audiência de Moro no Senado como plebiscito sobre Lula

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministro da Justiça prestará esclarecimentos sobre vazamento de conversas com procuradores da Lava Jato na próxima quarta-feira (19)  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 18/06/2019, às 08h05   Redação BNews


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Parlamentares petistas foram orientados a evitar tornar audiência do ministro da Justiça Sergio Moro na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em um plebiscito sobre a prisão do ex-presidente Lula. Moro prestará esclarecimentos sobre o vazamento de conversas suas com procuradores da Lava Jato ao parlamento na próxima quarta-feira (19). 

De acordo com informações apuradas pela coluna Painel, do Jornal Folha de São Paulo, as assessorias da sigla na Câmara e no Senado concluíram que nem todos os parlamentares incomodados com o teor dos diálogos pulicados pelo The Intercept Brasil são favoráveis a mudanças no caso do tríplex do Guarujá.

Também considerando que a libertação do ex-presidente divide políticos alinhados ao campo progressista, o PT aconselhou seus parlamentares a tratar as dúvidas sobre a atuação de Moro de forma mais ampla. Ainda de acordo com a Painel, a assessoria da legenda acredita que Moro deva ser apresentado como protagonista de decisões que deram fôlego a um discurso de antipolítica no país - cujo produto final foi a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

Dificuldades

A jornalista Mônica Bergamo, também da Folha, apurou que dos 54 parlamentares que integram a CCJ, 23 devem confrontar Moro. Já oito membros da comissão estariam dispostos a defendê-lo. Desta maneira, Moro deve encontrar um ambiente hostil durante sua audiência.

O senador Ranolfo Rodrigues (Rede) avalia que o vazamento das mensagens aprofundou a resistência a uma eventual indicação de Moro ao Supremo Tribunal Federal. “Se Jair Bolsonaro indicar o nome de Moro para ser ministro do STF, assistiremos a algo inédito: a rejeição, no Senado, de um candidato do presidente à corte”, avaliou.

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