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Palocci cita esquema de propinas em obras internacionais com recursos do BNDES

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Capítulo 21 da delação homologada pela Justiça Federal foi revelado pela revista Veja  |   Bnews - Divulgação Reprodução / YouTube

Publicado em 27/08/2019, às 19h54   Redação BNews


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Em um dos capítulos da delação premiada homologada pela Justiça Federal, Antônio Palocci – ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma – cita os termos em que se desenrolaram o esquema de propinas gerenciado pelo PT em obras internacionais com recursos do BNDES.

O conteúdo, obtido pela revista Veja, mostra que uma rodovia construída em Gana pela Andrade Gutierrez e Odebrecht custou 240 milhões de dólares, sendo 1% do projeto usado para pagamento de propina. Segundo a publicação, o contrato foi renegociado com desconto de US$ 90 milhões – 15% dele pagos dentro do prazo.

Em Moçambique, conforme delação de Palocci, houve pagamento de propina de 300 milhões de reais para a construção do Aeroporto de Nacala, que custou 125 milhões de dólares. A Veja diz que 95% das parcelas (US$ 118 milhões) venceram, sem quitação.

Na Nicarágua, o projeto para a construção da Hidrelétrica de Tumarín captou US$ 512 milhões do BNDES, com superfaturamento de 10% do valor, mas a obra que seria realizada pela Queiroz Galvão e Eletrobras nunca saiu do papel. A delação de Palocci diz que o contrato foi desfeito com prejuízo de R$ 44 milhões para a Eletrobras.

Em Cuba, a construção do Porto Mariel, que ainda está em obras, captou US$ 656 milhões do BNDES. Lá, havia definição de R$ 300 milhões como propina. Segundo relatou Palocci, 7% das parcelas venceram (US$ 48 milhões) sem terem sido quitadas.

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