Política

Servidores participam de ato em frente a CMS contra a reforma da Previdência do município

Vagner Souza/ BNews
Representantes de sindicatos como a APLB, Sindimeb, ASCAM, Sinditrans e outros se unem em protesto contra a tramitação da proposta  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 10/03/2020, às 15h20   Luiz Felipe Fernandez


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Assim como aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a frente da Câmara Municipal de Salvador (CMS) foi ocupada por servidores municipais insatisfeitos com a Reforma da Previdência. Representantes de sindicatos como a APLB, Sindseps, ASCAM, Sinditrans e outros se unem em protesto contra a tramitação da proposta.

Jussara Albuquerque, presidente da ASCAM, defendeu a abertura de um diálogo do município com os servidores. Segundo ela, até o momento não houve nenhum contato formal para tratar da proposta que, na avaliação dela, é "muito rasa". "Esse projeto não teve participação dos servidores", aponta. Entre as reivindicações, ela cita o aumento no tempo de serviço e no valor de 14% da alíquota de contribuição.

Diretor da APLB, Marcos Barreto quer que a prefeitura reveja a questão da alíquota, que segundo ele não está sendo contemplada pela reforma, uma vez que existe o princípio de "paridade". O município deveria contribuir duas vezes a porcentagem descontada dos servidores.

Ele argumenta que este cálculo é equivocado e que a tramitação deveria ser "barrada".

"Ideal seria barrar a tramitação, a receita da reforma está equivocada. Sou servidor há 10 anos, todo mês deposita um valor da conta, sem inadimplência, porque desconta direto, aí a Prefeitura diz que tem a solução. Você paga tudo novamente por mais tempo e mais caro", critica.

Duas classes de servidores que têm queixas específicas são as de Guarda Municipal e Salvamar, que convivem com a insalubridade e risco das profissões. Diretor da ABASA, Pedro Barreto, diz que a reforma  vai de encontro às pautas "históricas" da categoria. Segundo ele, há um déficit de profissionais e cerca de 30% do quadro é formado por profissionais com mais de 50 anos, para exercer uma atividade que exige esforço físico.

"A proposta vai ampliar esse absurdo, com salva-vidas sexagenarios. A idade mínima para receber a aposentadoria integral é de 64 anos e com a reforma vai aumentar ainda mais [...] E isso já é um problema em Salvador", explica.

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