A queda de braço entre o vereador Henrique Carballal (PT) e o proprietário do grupo Metrópole, Mario Kertész, ganhou mais um capítulo, durante o programa Se Liga Bocão desta quinta-feira (5). O petista não só repetiu as duras críticas que fez ao pré-candidato do PMDB a prefeitura de Salvador, como disse que não tinha medo de ser processado e ainda acrescentou: “Ele usa baixaria da sua personalidade para atender a interesses partidários e vai ter que responder na Justiça pelos danos morais e materiais contra mim”.Segundo Carballal, é necessário que a população de Salvador relembre a gestão de Mario Kertész à frente da prefeitura de Salvador. “Desde a época que ele era prefeito, ele sempre teve indisposição comigo porque eu era líder estudantil e lutava pela meia passagem. Agora, está a votação da LOUS (Lei de Ordenamento e Uso do Solo aprovada na Câmara) para me atacar. Bate em mim o tempo todo. Já falou até que eu sou namorador. Parte sempre para o pessoal. Infelizmente , utiliza os meios de comunicação para tentar construir uma candidatura para prefeito de Salvador que a população de Salvador irá rejeitar. Vou fazer questão de lembrar do endividamento da cidade e do sequestro das verbas na gestão dele”, disparou.
Ao ser questionado se aceitaria fazer as pazes com Mario Kertész em um restaurante ‘elitizado’ de Salvador , o petista aproveitou para dar mais uma alfinetada. “Preferiria almoçar com ele em algum local mais popular, comer um cozido ou um mocotó no Centro. Poderia ser em qualquer lugar com a cara e o cheiro do povo. Mas, aposto que ele iria recusar porque ele não é muito chegado ao povo”, cutucou Carballal.
Votação da LOUS
O vereador também falou sobre a polêmica votação da LOUS e do seu posicionamento a favor do projeto. “Salvador necessita de investimentos na rede hoteleira, e isso vai impulsionar significativamente a geração de empregos e renda. Vai ser importante para a nossa cidade e fomentar o crescimento econômico”. Carballal, no entanto, preferiu não entrar em conflito com a promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Rita Tourinho, que acionou todos os vereadores que votaram a favor da LOUS com emendas do PDDU. “Para mim, Rita Tourinho é um dos quadros mais brilhantes da nossa Justiça. E todas as suas atitudes são normais. Se existe alguma ilegalidade, o MP-BA tem a obrigação de entrar na Justiça para que evitar qualquer distorção”. Outro ponto polêmico comentado pelo petista de Salvador foi a entrega de um presente de uma construtora ao vereador, durante a sessão que aprovou a Lous. “O que aconteceu foi que um mensageiro da OAS entregou para mim uma lembrança, com um chaveiro, uma caneta, e um calendário, que foi distribuída não só para mim, mas também para outras personalidades. Foi distribuído em local público e na frente de todos. Nenhuma grande empreiteira iria fazer algo errado na frente de todo mundo”, concluiu.
