Política

Rui diz que pode conversar com governo sobre ação da Força Nacional no Estado, mas que agentes devem deixar local antes

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Na última quinta (18), o ministro do STF Edson Fachin, deu 48h para que a Força Nacional de Segurança deixasse o sul da Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter

Publicado em 18/09/2020, às 14h22    Pedro Vilas Boas* e Marcos Maia


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O governador Rui Costa (PT) disse nesta sexta-feira (18) que pode conversar com o Governo Federal sobre a ação da Força Nacional nos municípios Prado e Mucuri, mas que antes disso os agentes do programa de cooperação de Segurança Pública devem deixar o local.

Na última quinta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, deu um prazo de 48h para que a Força Nacional de Segurança deixasse o sul do Estado - respondendo a um pedido de liminar apresentado pelo governador.

"A primeira coisa que o governo federal tem que fazer é obedecer a decisão judicial. Depois de cumprida a decisão, nós sentaremos para conversar sobre qualquer coisa", disse durante visita ao município de Barra. 

A Força foi destacada para desapropriar famílias instaladas em um assento de lavradores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Rui destacou que o assentamento é regular, do Incra, e que os trabalhadores ocupam o local há mais de dez anos, reiterando que não havia ali nenhuma disputa pelo território ou conflito que necessitasse de mediação. 

"Acho que o Tribunal de Contas deveria apurar esse processo porque estamos falando não de disputa de terra. Ali não há mais nenhuma disputa de terra, não estamos falando de alguém que ocupou a terra e que o proprietário quer de volta e precisa de força policial. Não é disso que estamos falando", acrescentou.

Rui também agradeceu e parabenizou a decisão do Supremo e disse que tem orgulho de respeitar o pacto federativo. Ele ainda disse que a lei, a constituição, é clara, e que, em sua opinião, a postura do governo beirou a "crime de responsabilidade" - além de ser um "brutal desperdício de dinheiro público", uma medida "midiática, política e sem efeito concreto".

"Temos que respeitar o desejo da população. Isso se chama pacto federativo, chama-se democracia. Infelizmente, o atual governo não tem nenhum apreço, apego à democracia, ao pacto federativo", lamentou. Nesta sexta, mais cedo, Rui Costa alcançou a marca de 600 viagens a trabalho ao interior do Estado ao aterrizar na cidade de Ibititá.

*Repórter faz cobertura de evento em Barra a convite do governo estadual

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