Política

Segundo MPF, Governo do Amazonas pagou pelo transporte de respiradores superfaturados

Maurilio Rodrigues/Secom
A subprocuradora-geral da República informou que foi identificado o envolvimento de mais dois servidores   |   Bnews - Divulgação Maurilio Rodrigues/Secom

Publicado em 30/11/2020, às 11h56   Redação BNews


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O Ministério Público Federal (MPF) deflagrou, ao lado da Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU), nesta segunda feira, 30, mais uma etapa da Operação Sangria, que investiga a compra superfaturada de respiradores pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

São alvos de buscas endereços residenciais e profissionais dos envolvidos, inclusive a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria da Casa Militar do Governo do Amazonas. A ordem para o cumprimento dos mandados foi do ministro Francisco Falcão, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo informou que apenas recentemente foi identificado o envolvimento de mais dois servidores no esquema criminoso, que atuaram no fretamento de uma aeronave para transportar os respiradores que deveriam ter sido utilizados para o combate ao Covid-19.

De acordo com elementos de provas obtidos a partir das diligências cumpridas nas fases anteriores, funcionários da Secretaria de Saúde do Amazonas direcionaram, em favor de uma empresa investigada, a licitação para a compra de respiradores pulmonares, sob orientação da cúpula do governo do estado.

Antes mesmo da abertura da aludida licitação, uma das empresas investigadas adquiriu parte dos respiradores pulmonares em outro estado da Federação e, embora o transporte dos equipamentos fosse de sua responsabilidade, foi o próprio governo do Amazonas quem, por ação dos servidores alvo das medidas cumpridas na data de hoje, custeou o transporte dos equipamentos até Manaus, por meio de avião fretado.

 A subprocuradora-geral da República reforçou no pedido da operação as diligências são necessárias, uma vez que podem “angariar importantes elementos que corroborem a participação dos servidores nos fatos investigados, mas também que robusteçam o acervo probatório em relação ao mandante do esquema ilícito, o governador do estado do Amazonas, como amplamente demonstrado pelas provas já constantes dos autos”.

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