Política
Publicado em 10/01/2021, às 14h34 Redação BNews
Uma investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Faroeste aponta que o advogado Arthur Barata comprou uma picape Ford Ranger por R$ 145 mil um dia depois que a mãe, a desembargadora Lígia Ramos, proferiu uma sentença que teria sido negociada por R$ 400 mil. Os dois foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) no esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia. As informações são da revista Crusoé.
A venda de sentença teria sido intermediada por Julio Cesar Cavalcanti Ferreira, que assinou um acordo de delação premiada. O advogado revelou aos investigadores que, dos R$ 400 mil recebidos, ele ficou com R$ 100 mil. Já Lígia teria ficado com os outros R$ 300 mil. A quantia foi entregue em frente a uma concessionária em Salvador, no dia 5 de setembro de 2018. O carro foi adquirido na mesma data.
Em nota envIada ao BNews, a assessoria de imprensa da desembargadora nega as acusações. "A defesa da desembargadora Lígia Ramos rechaça a mais nova ilação confeccionada com objetivos torpes. Não há qualquer documento que ateste a versão do delator a respeito desta suposta venda de sentença. Não houve venda de decisão. Para além, é absurda a tentativa de relacionar a compra do veículo com qualquer ação da desembargadora", declarou, no comunicado.
A revista ainda lembra que a PGR acusa a desembargadora e dois de seus filhos de organização criminosa e, na denúncia encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça, pede o afastamento dela do cargo. Ao final do processo, se for condenada, Lígia Ramos terá de pagar uma multa de 950 mil reais — mesmo valor que ela teria recebido pela suposta venda de sentenças em quatro processos.
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