Política

Bolsonaro viaja a SC no Carnaval, gera aglomeração, e moradora grita genocida

Isaac Nóbrega/PR
O roteiro não foi informado pelo Palácio do Planalto por ser tratado como "agenda privada".  |   Bnews - Divulgação Isaac Nóbrega/PR

Publicado em 13/02/2021, às 14h28   Folhapress


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou para passar o feriado de Carnaval em São Francisco do Sul (SC), em roteiro não informado pelo Palácio do Planalto por ser tratado como "agenda privada".

Na chegada a Santa Catarina, Bolsonaro cumprimentou apoiadores que se aglomeraram para vê-lo. O presidente foi chamado de "genocida" por uma manifestante que estava no local.

As imagens foram transmitidas nas redes sociais de Bolsonaro, que viajou a Santa Catarina acompanhado por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho deputado federal, e pela caçula Laura. Também está na comitiva o deputado Helio Lopes (PSL-RJ), amigo do presidente.

Ao final de um dos vídeos publicados por Bolsonaro, enquanto ele está interagindo com simpatizantes, uma manifestante grita "fora genocida". Em seguida, as dezenas de apoiadores presentes vaiaram a manifestante e responderam com gritos de "mito".

A maioria dos apoiadores de Bolsonaro que aparece na transmissão está sem máscara de proteção facial, apesar de especialistas ressaltarem que o item é importante para conter a disseminação da Covid-19. Bolsonaro e os membros da comitiva tampouco usaram máscara.

São Francisco do Sul tem aproximadamente 53,7 mil habitantes. De acordo com o último boletim da prefeitura, o município registrou 4.078 casos positivos da doença e 61 mortes.

Desde o início da disseminação do novo coronavírus, Bolsonaro tem falado e agido em confronto com as medidas de proteção, em especial a política de isolamento da população. O presidente já usou as palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da mídia à doença.

Além dos discursos, o presidente assinou decretos para driblar decisões estaduais e municipais, manteve contato com pessoas na rua e vetou o uso obrigatório de máscaras em escolas, igrejas e presídios —medida que acabou derrubada pelo Congresso.

Mais recentemente, entrou em uma "guerra da vacina" com Doria.

Bolsonaro decolou de Brasília na manhã deste sábado (13), um dia depois de ter nomeado um deputado do centrão para o Ministério da Cidadania.

João Roma (Republicanos-BA), aliado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), foi confirmado no cargo na noite de sexta (12). Bolsonaro também deslocou Onyx Lorenzoni (DEM-RS) do ministério da Cidadania para a Secretaria-Geral da Presidência.

Em sua live semanal de quinta (11), o presidente disse que poderia viajar para São Francisco do Sul. Ele afirmou que retornaria para Brasília na terça (16) ou no dia seguinte pela manhã.

É a segunda visita de Bolsonaro à cidade catarinense em menos de dois meses. No final de dezembro, após sobrevoar áreas atingidas por fortes chuvas no estado, Bolsonaro promoveu um jantar de confraternização no município. ​

Participaram do jantar o ministro Fábio Faria (Comunicações), o senador Jorginho Mello (PL-SC), empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e o apresentador do SBT Ratinho, entre outros.

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