Política
Publicado em 18/02/2021, às 14h37 Redação Bnews
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou para o cargo de coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, um defensor do eletrochoque, o psiquiatra Rafael Bernardon Ribeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (18).
O profissional foi convocado para atuar no Departamento de Ações Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Atualmente, ele ocupa a função de diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Universidade Federal de São Paulo (Univesp), segundo informações do seu currículo Lattes.
Ribeiro já deu declarações que não foi bem vista por parte da área da medicina que não enxerga o procedimento como unanimidade, como uma entrevista feita ao Canal da Psiquiatria, em 2013.
“A eletroconvulsoterapia é um tratamento usado na medicina desde 1938. E ele persiste justamente por ser muito bom. Ele tem uma resposta da ordem de 90%. O paciente tem algum benefício em nove de cada 10 casos. Consiste em passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade, totalmente controlada, quando o paciente está anestesiado. Ele está dormindo, com a musculatura paralisada”, explicou o médico.
Embora haja controvérsia, o procedimento é descrito pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) como "seguro e indicado para tratamento de transtornos psiquiátricos graves que põem em risco a integridade do paciente”.
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