Apesar da grande expectativa, ainda não há previsão para que a Câmara Municipal de Salvador vote as contas do governo João Henrique referentes ao exercício de 2010. A documentação, elaborada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), foi entregue na semana passada ao presidente da Comissão de Finanças da Casa, Sandoval Guimarães (PMDB), com a recomendação pela rejeição.
Entretanto, ele tem um mês para finalizar o parecer do colegiado, que servirá de “balizador” para a apreciação da matéria no plenário. Enquanto isso, cresce nos bastidores o movimento para acabar com as votações secretas na Câmara antes da apreciação das contas de JH.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, o líder da situação no Legislativo, Téo Senna (PTC), revelou a vontade de votar de uma só vez as contas de 2010 e 2009. As duas foram rejeitadas pelo TCM. Mas, a última envolve uma briga judicial entre prefeitura e Tribunal de Contas. Mesmo assim, o líder do Thomé de Souza acredita num desfecho favorável. “O único impasse é derrubar a liminar na Justiça. Depois, levamos a plenário. Queremos votar as duas de uma única vez. A ideia é evitar um sangramento ainda maior”.
Independência ou morte - Na avaliação de Téo, o “embate” que se aproxima vai movimentar a base de sustentação de João Henrique. Pelas contas do vereador, até antes do carnaval o governo contava com 26 dos 28 votos necessários para aprovar as contas da administração municipal. O panorama mudou, no entanto, após recentes declarações do bloco independente e da recomendação do PSD para que os três representantes da legenda na Casa votem pela reprovação.
Em caso de derrota, o prefeito ficará inelegível por oito anos - o que descarta a hipótese de disputar as eleições de 2014 - e terá que ressarcir mais de R$ 500 mil aos cofres públicos e pagar multa de R$ 33,8 mil referentes a despesas com publicidade que não tiveram comprovação de gastos.
Se o líder quer “matar dois coelhos com uma cajadada” é sinal de que o Thomé de Souza já entrou em campo para cobrar “fidelidade” aos seus “correligionários”.
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