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Pazuello diz que aplicativo que receitava cloroquina para bebê, "TrateCOV", foi roubado e divulgado sem permissão

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Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 20/05/2021, às 11h11   Luiz Felipe Fernandez


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Pazuello diz que aplicativo que receitava cloroquina para bebê, "TrateCOV", foi hackeado e divulgado sem permissão


O aplicativo TrateCOV, criado pelo Ministério da Saúde e lançado em Manaus no dia 10 de janeiro deste ano, foi roubado e publicado nos portais públicos sem autorização, segundo o ex-ministro Eduardo Pazuello. Ele contou esta versão do ocorrido no segundo dia de depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na manhã desta quinta-feira (20).

Indagado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre o aplicativo, que quando utilizado recomendava um coquetel de remédios com cloroquina, ivermectina e azitromicina, até para pacientes bebês - com sintomas leves da doença - Pazuello gaguejou e disse que foi feito inclusive um boletim de ocorrência para descobrir quem hackeou o sistema do Ministério.

O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou o general e lembrou que o governo federal veiculou uma propaganda sobre o aplicativo na sua própria emissora, a TV Brasil.

"O hacker é tão bom que colocou a matéria extensa na TV Brasil", disse Omar Aziz, que também corrigiu Pazuello no início da sua justificativa, quando disse que o aplicativo era capaz de dar um "diagnóstico".

"Suposto diagnóstico", disse o presidente. 

O general concordou e defendeu que a ferramenta tinha o propósito de se apresentar como uma ajuda, diante da urgência do cenário em Manaus. Por isso o lançamento na cidade.

"No dia 6 de janeiro a secretária Mayra voltou de Manaus e sugeriu fazer uma plataforma que facilitasse o diagnóstico, que era muito necessário na velocidade que as coisas estavam acontecendo [...] a ideia era uma calculadora que facilitasse o diagnóstico", explicou Pazuello.

"Foi feito um roubo do aplicativo, foi hackeado, puxado por um cidadão. Existe um B.O, uma investigação que chega nesta pessoa. Ele pegou o diagnóstico, alterou com os dados lá dentro e colocou na rede [...] ele foi iniciado, apresentado, sem estar concluso", completou.

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