CPI da Covid: Acusado de cobrar propina, ex-diretor do Ministério é ouvido nesta quarta-feira

Acusado pelo policial e empresário Luiz Paulo Dominguetti de cobrar US$ 1 de propina por dose da vacina AstraZeneca, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quarta-feira (8). 

A sessão está prevista para começar às 9h, mas o depoimento só costuma ter início próximo às 10h, após a votação dos requerimentos e questões de ordem.

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Dias foi exonerado do cargo logo após a repercussão da entrevista de Dominguetti à Folha de S. Paulo. Em depoimento à CPI na semana passada, o representante da Davati confirmou o pedido de propina feito pelo então servidor, também apontado por Luís Ricardo como um dos que fazia pressão para agilizar a contratação da Covaxin.

De acordo com informações da revista Veja, Dias foi até o sistema do Ministério e reuniu todas as provas que podem prejudicar o governo Bolsonaro. Todos os documentos, por segurança, já teriam sido levados para um local seguro na Europa. As evidências podem incluir de vez no escândalo outras figuras como o ex-ministro e general Eduardo Pazuello.

Os senadores da CPI devem questionar Roberto Ferreira Dias sobre os seus padrinhos no Ministério da Saúde, como o deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Além deles, aliados apontam que o ministro Onyx Lorenzoni também é próximo do ex-diretor de Logística e teria sido ele o responsável por articular a sua nomeação com o ex-deputado Alberto Lupion (DEM), que foi quem indicou o seu nome oficialmente.