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Vice-presidente da Câmara dos Deputados ironiza busca de Bolsonaro por voto impresso

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Marcelo Ramos dedicou a música "Pega na mentira", de Erasmo Carlos, ao presidente  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 31/07/2021, às 15h05   Redação BNews


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Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados, ironizou a live realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em defesa do voto impresso. Em postagem nas redes sociais neste sábado (31), o parlamentar dedicou a música "Pega na mentira", de Erasmo Carlos, ao presidente após Bolsonaro assumir que não existem provas de fraudes na urna eletrônica.

Crítico do presidente, o parlamentar do PL já cobrou que instituições democráticas como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados e o Senado Federal imponham "um limite a postura golpista e conspiratória do Presidente da República". Para evitar a reprovação da proposta de emenda à Constituição) do voto impresso, o relator Filipe Barros (PSL-PR) pediu que o relatório seja votado apenas na volta do recesso parlamentar. 

Na comissão especial, o cenário pré-manobra regimental indicava que o relatório do deputado teria cerca de 20 votos contrários, de um total de 34 no colegiado. Mesmo que avance na comissão especial, para aprovar uma PEC são necessários ao menos 308 votos na Câmara -de um total de 513 deputados- e 49 no Senado -de um total de 81 senadores-, em votação em dois turnos. E, para valer para as eleições de 2022, a proposta teria de ser promulgada até o início de outubro.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e aliado de Bolsonaro, classificou que a discussão sobre voto impresso como "perda de tempo". O pepista sinalizou que já existe um PEC no Senado Federal sobre o tema desde e que nunca foi analisada.

O ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atual corregedor-geral da Justiça Eleitoral, determinou que Bolsonaro apresente até a próxima segunda-feira (2) provas das supostas fraudes eleitorais que alega ter ocorrido. Na ação aberta em junho, o o ministro anexou links de declarações do presidente sobre as supostas fraudes. 

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