Política

Rejeição ao Distritão é mais uma "derrota do grupo radical de Bolsonaro", diz Zé Neto

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Bnews - Divulgação Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Publicado em 12/08/2021, às 12h49   Luiz Felipe Fernandez


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Vice-líder do PT na Câmara Federal, o deputado feirense Zé Neto acredita que a rejeição da proposta do "Distritão" no Plenário nesta quarta-feira (11) foi mais uma "derrota do grupo radical de Bolsonaro". Em conversa com o BNews por telefone, o petista reafirmou que a aprovação da volta das coligações partidárias foi uma tentativa de diminuir os danos que seriam causados se fosse aprovada a mudança para o voto distrital - modelo adotado somente no Afeganistão, Kuwait, Emirados Árabes e Vanuatu.

"Infelizmente não era o que queríamos, mas foi o que deu para estabelecer. Ontem, foi mais uma derrota do grupo radical de Bolsonaro e logo cedo ficou agredindo quem estava contrário ao Distritão, e acredito que tiveram outra derrota", pondera.

"A volta das coligações foi uma redução de danos, pois poderia ser pior. Para gente, o melhor seria se mantivesse como está agora, pois fortalece os partidos e a ideia do coletivo na política, mas o risco do Distritão acabou gerando essa condição de chegar onde chegamos", avalia o parlamentar.

Para Zé Neto, o acordo que consolidou a aprovação do retorno das coligações e barrou o avanço do "Distritão" foi uma vitória da "política" em geral, e admitiu ter visto poucas vezes a Câmara entrar em um consenso como ocorreu nesta votação.

"Foi a política que venceu o debate. Reduzimos os danos e agora temos que encontrar saídas para os partidos de aluguéis e outros problemas", disse Zé Neto.

Diferente de Solla, que crê na chance que o Senado possa derrotar a proposta que reestabelece as coligações partidárias, Zé Neto acredita que a "votação expressiva" na Câmara dificulta uma mudança de cenário

"Torço que mude, mas acho muito difícil", prevê.

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